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Política

Parlamentares acham difícil que reforma seja aprovada a tempo para 2014

27 jun 2013 - 09h32
(atualizado às 09h34)
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Os parlamentares que concordam com um plebiscito para fazer a reforma política, proposta defendida pela presidente Dilma Rousseff, consideram muito difícil aprovar eventuais mudanças a tempo de valer para o ano que vem. Na quarta-feira, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), apresentou a proposta do plebiscito aos líderes partidários, mas disse que não haveria tempo para que as novas regras valessem para as eleições de 2014. "Sou a favor do plebiscito, interação com o povo brasileiro, saber que reforma deseja. Espero que neste novo momento a gente possa fazer a reforma. O plebiscito foi uma sugestão da presidente, mas, a partir daí, a Casa vai decidir o que fazer", disse. As informações foram publicadas no jornal O Globo. 

O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), também diz que não é possível fazer as mudanças a tempo para as eleições de 2014. "Quanto ao plebiscito, é impossível ter solução até setembro. Só a propaganda para esclarecer a população dura 30 dias", alegou. O PSDB está disposto a votar, em regime de urgência, uma reforma política a ser submetida depois à população por meio de um referendo. "É impraticável um plebiscito sobre temas tão complexos", disse o presidente tucano, senador Aécio Neves (MG). "O PT sempre defendeu plebiscito e referendo. É nossa história. A presidente Dilma apresentou uma sugestão, não está impondo nada. Vivemos tempos diferentes. Vamos ver o que é possível fazer", afirmou o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR).

 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

Renan apoia plebiscito: 'presidente deu a direção'Clique no link para iniciar o vídeo
Renan apoia plebiscito: "presidente deu a direção"

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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