PUBLICIDADE

Trânsito

SP: manifestantes bloqueiam rodovia e causam danos a praça de pedágio

Grupo protesta contra o valor do pedágio na rodovia Professor Zeferino Vaz

28 jun 2013 - 13h33
(atualizado às 13h39)
Compartilhar
Exibir comentários

Manifestantes bloquearam na manhã desta sexta-feira a rodovia Professor Zeferino Vaz, entre o km 140 e o km 135, no município de Cosmópolis (SP), região de Campinas, em protesto contra o valor do pedágio. Segundo a assessoria de imprensa da concessionária Rota das Bandeiras, a manifestação começou por volta das 5h40 e, até as 12h15, a os trechos continuavam interditados.

No começo da madrugada, os manifestantes ocuparam a pista no sentido Campinas e depois a que dá acesso às cidades de Artur Nogueira e Paulínea. Para impedir a passagem dos veículos, eles fizeram barreiras com pneus queimados. Posteriormente, o grupo formado por cerca de 200 pessoas seguiu para a praça de pedágio de Paulínea. De acordo com a concessionária, as placas de sinalização, os cones e as câmeras foram destruídos e uma cadeira de uma das cabines de pedágio foi incendiada.

Segundo a Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, não há congestionamento porque o trânsito está sendo desviado nos dois sentidos.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade
Publicidade