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Trânsito

Manifestantes incendeiam praça de pedágio em rodovia de SP

3 jul 2013 - 09h40
(atualizado às 13h13)
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Um grupo de manifestantes colocou fogo em várias cabines de uma praça de pedágio na rodovia professor Zeferino Vaz (SP-332), em Cosmópolis, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira. Segundo informações da Rota das Bandeiras, concessionária que administra a via, os manifestantes chegaram ao local por volta das 6h e bloquearam os dois sentidos da rodovia.

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País
Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Após um início pacífico, a manifestação tomou outro rumo e vândalos invadiram a praça de pedágio que fica na altura do quilômetro 135 da rodovia. Cerca de oito cabines ficaram completamente destruídas, segundo a concessionária. O contingente da Polícia Militar Rodoviária que acompanhava a manifestação apenas observou o grupo.

Por volta de 10h30, os manifestantes permaneciam na via, interditando os dois sentidos. De acordo com a administração da rodovia, motoristas utilizavam desvios para fugir da região do protesto. O grupo reclama do valor do pedágio no local, de R$ 6,20 para carros e R$ 3,10 para motocicletas. A proposta é para que esse valor seja reajustado para R$ 3.

<p>Manifestantes queimaram um &ocirc;nibus na rodovia</p>
Manifestantes queimaram um ônibus na rodovia
Foto: Robson Khalaf / Futura Press

A primeira intervenção foi feita pela Polícia Rodoviária Estadual por volta das 8h20, depois que os manifestantes atearam fogo nas cabines. Eles recuaram até o quilômetro140, onde incendiaram um ônibus. O protesto seguiu para o quilômetro 145, onde houve a intervenção da Tropa de Choque.

Esse é o terceiro protesto desde o dia 28 de junho. Na última sexta-feira, os manifestantes destruíram objetos de sinalização e atearam fogo em pneus colocados nas pistas. Na segunda-feira ocorreu outro protesto na mesma região.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Terra
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