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Política

Em meio a rumores de redução de ministérios, Crivella defende Pesca

15 jul 2013 - 19h24
(atualizado às 19h32)
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O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, e a cantora gospel Damares Alves de Oliveira falam à imprensa após encontro com a presidente Dilma
O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, e a cantora gospel Damares Alves de Oliveira falam à imprensa após encontro com a presidente Dilma
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Em meio a rumores sobre a redução de ministérios no governo, o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, defendeu nesta segunda-feira a manutenção da sua pasta. Segundo cenários que estariam em estudo no governo, a pasta seria reincorporada ao Ministério da Agricultura, como uma secretaria.

“Acho que o potencial do Brasil é tão grande para a produção de peixes, que independentemente de ser o Crivella ou qualquer outro, nós brasileiros não deveríamos abrir mão de ter um ministério exclusivamente para que o Brasil esteja a altura dos grandes recursos naturais que Deus lhe deu”, afirmou.

(O Brasil) é o primeiro país em água doce do mundo e um dos menores em produção de pescado. E precisamos também atender a 1,7 milhão de pescadores cujas condições sociais não são das melhores. Tem de ter políticas públicas exclusivas para essa gente sofrida e valente”, argumentou o ministro. 

Desde que o governo e o Congresso Nacional começaram a reagir à onda de protestos que levaram milhões de pessoas às ruas no País, a presidente vem sendo pressionada para reduzir o tamanho da Esplanada. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o Planalto trabalha com dois cenários de redução de ministérios. 

Crivella negou, no entanto, que a presidente Dilma tenha comentando com ele a extinção do Ministério da Pesca e Aquicultura. “A presidenta Dilma, em nenhum momento de todos esses momentos difíceis que temos passado em nosso governo, deixou passar de que isso ocorreria”, afirmou. Caso perca o cargo, o ministro já tem uma alternativa em mente: “voltarei ao Senado no dia seguinte”.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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