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Pelo menos 5 capitais devem ter protestos nesta quarta-feira

14 ago 2013 - 10h39
(atualizado às 10h56)
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Montagem divulgada por manifestantes mostra o governador Sérgio Cabral caracterizado como Adolf Hitler
Montagem divulgada por manifestantes mostra o governador Sérgio Cabral caracterizado como Adolf Hitler
Foto: Facebook / Reprodução

Pelo menos cinco capitais brasileiras devem ter protestos na tarde desta quarta-feira. São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Manaus têm manifestações agendadas para hoje.

Na capital paulista, um ato convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) reclama dos problemas do transporte público - o grupo pede que a tarifa seja reduzida até que seja instaurado o passe livre, além de exigir melhora nos serviços. A concentração está marcada para as 15, no Vale do Anhangabaú.

Já no Rio de Janeiro, o protesto deve pedir o impeachment do governador do Estado, Sérgio Cabral - começará às 17h, na praça São Salvador, em Laranjeiras. Em Porto Alegre, a manifestação é organizada pelo Bloco de Luta pelo Transporte Público e cobra a implantação do passe livre na cidade - o protesto começará às 18h, em frente à prefeitura.

Em Curitiba, um ato pedindo que o preço da passagem de ônibus seja congelado em R$ 2,60 será realizado na Boca Maldita ao meio-dia. Já em Manaus, o protesto será realizado às 16h, no Parque dos Bilhares.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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