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Por novo protesto, shopping na zona sul do Rio fica fechado

23 jun 2013 - 11h15
(atualizado às 11h42)
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O RioSul Shopping Center, na zona sul do Rio de Janeiro, informou que não abrirá neste domingo. Segundo nota, a medida é preventiva, já que está prevista uma nova manifestação em Copacabana.

<p>Manifestante participa de protesto em Salvador usando máscara inspirada no soldado britânico Guy Fawkes que ficou conhecida após o filme <i>V de Vingança</i>. A capital baiana teve um novo protesto por mudanças sociais nesta quinta-feira.</p>
Manifestante participa de protesto em Salvador usando máscara inspirada no soldado britânico Guy Fawkes que ficou conhecida após o filme V de Vingança. A capital baiana teve um novo protesto por mudanças sociais nesta quinta-feira.
Foto: Raul Golinelli / Futura Press

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

O shopping reabrirá normalmente na segunda-feira, às 10h. O empreendimento fica no número 116 da rua Lauro Muller, no Botafogo.

O protesto no Rio está marcado para as 16h, em Copacabana, no Posto Quatro da avenida Atlântica. Depois da redução da tarifa do transporte público, o que domina o movimento é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público.

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

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A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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