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Embaixada dos EUA orienta americanos a ficarem longe dos protestos

21 jun 2013 - 15h05
(atualizado às 15h13)
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<p>Onda de violência no Brasil preocupa autoridades americanas</p>
Onda de violência no Brasil preocupa autoridades americanas
Foto: Fernando Borges / Terra

Em meio ao acirramento dos protestos no País, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou uma nota com um balanço das manifestações e a recomendação de que os cidadãos americanos - que estão em viagem ou morem no País - evitem as áreas nas quais podem ocorrer aglomerações. O comunicado com o alerta está disponível na página da representação diplomática.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

"Cidadãos americanos devem evitar os protestos e as áreas onde possam ocorrer grandes aglomerações de pessoas. Mesmo as manifestações ou eventos destinados a serem pacíficos podem se transformar em um confronto e, possivelmente, gerar violência. Incentivamos os cidadãos norte-americanos no Brasil a acompanhar as notícias locais e planejar as suas atividades de acordo com a situação", diz o texto.

Veja confronto entre ativistas e militantes em SP:

No comunicado, a embaixada menciona uma "possível continuação dos protestos" em várias cidades e cita São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. "Embora a maior parte da atividade nos protestos tenha sido de caráter pacífico, polícia e manifestantes foram feridos em confrontos", diz o texto.

A nota, que é do dia 19, menciona que a "resposta da segurança tem sido dosada", mas adverte que a "polícia tem usado táticas de controle de multidões, incluindo bombas de gás lacrimogêneo e unidades da cavalaria" para dispersar os manifestantes. Em caso de necessidade de ajuda, a orientação da embaixada é para que os cidadãos americanos procurem uma representação diplomática dos Estados Unidos.

A embaixada fica em Brasília e há consulados no Recife, no Rio de Janeiro e o consulado-geral em São Paulo. As pessoas em viagem pelo Brasil podem obter informações atualizadas sobre as condições de segurança pelo telefone 1-888-407-4747, ligação gratuita nos Estados Unidos e no Canadá, ou pelo telefone 1-202-501-4444, em outros países, tarifa normal.

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

Líder do PT: dirigentes devem abrir os olhos para os protestos:

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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