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Datafolha diz que 95% dos paulistanos desaprovam Black Blocs

27 out 2013 - 05h53
(atualizado às 05h57)
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De acordo com uma pesquisa do Datafolha publicada neste domingo no jornal Folha de S.Paulo, 95% dos paulistanos desaprovam a atuação de alguns integrantes do grupo Black Bloc, que protagonizam atos de violência, depredação e destruição de imóveis e confronto com a polícia durante protestos. A margem de erro da pesquisa, feita na sexta-feira com 690 pessoas, é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Nesse mesmo dia, durante protesto promovido pelo Movimento Passe Livre (MPL), o grupo Black Bloc e integrantes de movimentos sociais no centro de São Paulo por melhorias no transporte público da capital, houve novos atos de violência – o coronel da PM, Reynaldo Simões Rossi, foi agredido e houve tentativa de roubo de sua arma. Ainda segundo a pesquisa, quanto maior a faixa etária, maior a reprovação aos métodos dos black blocs.; além disso, 76% dos entrevistados consideram que as manifestações têm sido mais violentas do que o necessário.

 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritiba,

SalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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