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Aposentados e pensionistas fazem passeata no centro do RJ

Eles pedem o fim do fator previdenciário. Três faixas da avenida Rio Branco foram interditadas para a manifestação

1 jul 2013 - 21h27
(atualizado às 21h33)
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Cerca de 200 aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizaram protesto e interditaram duas faixas da avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira
Cerca de 200 aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizaram protesto e interditaram duas faixas da avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press

Centenas de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) participaram de uma manifestação na tarde desta segunda-feira, no centro do Rio de Janeiro. Eles reivindicavam principalmente o fim do fator previdenciário, que reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de serviço antes de chegar aos 60 anos, no caso das mulheres, e antes dos 65 anos, para os homens. Carregando faixas e cartazes, os aposentados saíram da Candelária e, em passeata, foram até a Cinelândia. Três faixas da avenida Rio Branco foram interditadas para a manifestação.

A presidente da Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro (Faaperj), Yedda Gaspar, disse que a classe quer maior atenção do governo para alguns projetos de interesse dos aposentados. "Nós pedimos a aprovação de projetos de lei que estão engavetados e que beneficiam a nossa classe. Queremos 25% do dinheiro do pré-sal investidos na saúde, entre tantas outras coisas. Nós temos a Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap) que vai levar adiante nossos interesses em Brasília. Nós estamos aproveitando esta onda democrática para mostrar que nós também temos força", disse.

De acordo com a Polícia Militar (PM), a passeata reuniu cerca de 200 pessoas e nenhum problema foi registrado durante a caminhada, que terminou na Cinelândia. O trânsito na região ficou bastante complicado, devido ao fechamento parcial das duas principais avenidas do centro da capital fluminense, a Presidente Vargas e a avenida Rio Branco.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Agência Brasil Agência Brasil
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