Chanceleres muçulmanos pedem leis contra "ódio religioso"
29 set2012 - 00h19
(atualizado às 00h35)
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Os ministros de Relações Exteriores dos países muçulmanos defenderam nesta sexta-feira a adoção de leis contra o "ódio religioso" e condenaram o filme anti-islâmico que desatou uma violenta onda de protestos nos países islâmicos.
Os ministros de 57 nações integrantes da Organização de Cooperação Islâmica (OIC) destacaram que a liberdade de expressão deve ser usada com "responsabilidade".
Os chanceleres fizeram um apelo aos governos de todo o mundo para que "adotem medidas apropriadas, incluindo a legislação necessária, contra atos que conduzam à incitação ao ódio, à discriminação e à violência" baseada na religião.
A OIC se reuniu em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU, onde o filme "A Inocência dos Muçulmanos" foi condenado amplamente, assim como a morte de quatro funcionários americanos no ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi durante protestos contra o filme que ridiculariza o profeta Maomé.
"Estes atos anti-islâmicos violam as liberdades de religião e de credo, garantidas por instrumentos internacionais de Direitos Humanos, e nos ofendem profundamente", muçulmanos de todo o mundo, acrescenta o comunicado da OIC.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou o filme, mas fez uma veemente defesa da liberdade de expressão em seu discurso na Assembleia Geral da ONU.
Nakoula Basseley Nakoula, o homem identificado como o produtor do filme, foi preso na quinta-feira, em Los Angeles, por violar os termos de sua liberdade condicional por fraude bancária.
Filme anti-islamismo desencadeia protestos contra EUA
Na última terça-feira, 11 de setembro, protestos irromperam em frente às embaixadas americanas do Cairo, no Egito, e de Benghazi, na Líbia, motivados por um vídeo que zombava do islamismo e de Maomé, o profeta muçulmano. No primeiro caso, os manifestantes destroçaram a bandeira estadunidense; no segundo, os ataques chegaram ao interior da embaixada, durante os quais morreram, entre outros, o embaixador e representante de Washington, Cristopher Stevens.
O vídeo que desencadeou esta onda de protestos no mesmo dia em que os Estados Unidos relembravam os atentados terroristas de 2001 traz trechos de Innocence of Muslims, filme produzido nos Estados Unidos sob a suposta direção de Nakoula Basseky Nakoula. Ele seria um cristão copta egípcio residente nos Estados Unidos, mas sua verdadeira identidade e localização ainda são investigadas. O filme, de qualidades intelectual e cultural amplamente questionáveis, zomba abertamente do Islã e denigre de a imagem de Maomé, principal nome da tradição muçulmana.
A Casa Branca lamentou o conteúdo do material, afirmou não ter nenhuma relação com suas premissas e ordenou o reforço das embaixadas americanas. No dia 15 de setembro, a Al-Qaeda emitiu um comunicado no qual afirmava que a ação em Benghazi foi uma vingança pela morte do número 2 da rede terrorista no Iêmen em um ataque do Exército.
Palestino faz a leitura do Alcorão durante as orações do primeiro dia de celebrações do Ramadã; Durante o Ramadã, durante o mês sagrado do Islamismo os fiéis não podem comer, beber, fumar e manter relações sexuais do amanhecer até o crepúsculo
Foto: AP
Mulher mostra sua identidade em um ponto militar durante trajeto para uma mesquita em Jerusalém
Foto: AP
Idoso lê verso do Alcorão, o livro sagrado do islamismo nas celebrações no Iêmen; o Ramadã é o nono mês no calendário lunar islâmico
Foto: AP
Palestinos fazem orações na mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém; os religiosos permanecem do nascer do sol até a noite sem fazer refeições durante o mês sagrado
Foto: AP
Na Indonésia, religiosos também fazem orações no início do Ramadã
Foto: AP
Palestinos fazem suas orações em frente à mesquita de Jerusalém
Foto: AP
Homem carrega uma ovelha ao matadouro para abate, em Benghazi, na Líbia
Foto: Esam Al-Fetori / Reuters
Muçulmanos rezam em uma rua no primeiro dia do Ramadã, em Srinagar, na Índia
Foto: Mukhtar Khan / AP
Estudantes recitam o Alcorão durante aula em Al-Nour, na Ilha de Zanzibar, no Oceano Índico
Foto: Thomas Mukoya / Reuters
Homem manuseia fogos de artifício durante a celebração do primeiro dia do mês do Ramadã, o mês sagrado do calendário islâmico, em Jabaliya, na Faixa de Gaza
Foto: ALI ALI / EFE
Muçulmanos em todo o mundo comemoraram na sexta-feira o mês sagrado do Ramadã, enquanto em países como o Irã, predominantemente xiita ea Síria começa no sábado
Foto: Farooq Khan / EFE
Foto: Terra
Mulher frita bolos de feijão na rua antes do café antes de começar o segundo dia do mês sagrado do Ramadã, na cidade de Kano, ao norte da Nigéria.
Foto: Reuters
Foto: Terra
Menino reza na mesquita de Wazir Khan, em Lahore, no Paquistão
Foto: Reuters
Afegãos sentam-se em mesa posta em frente a mesquita enquanto aguardam o momento de encerrar o jejum em Cabul
Foto: Reuters
Fiéis muçulmanos fazem oração em Srinagar, na caxemira indiana
Foto: EFE
Foto: Terra
Um paquistanês muçulmano lê o Alcorão na mesquita de Karachi. Durante o jejum do Ramadã, os muçulmanos devem se abster de comer, beber e fazer sexo durante o dia
Foto: AFP
Muçulmana reza no santuário de Shah-i-Hamdaan durante o Ramadã na Índia. O mês sagrado do Ramadã é calculado após o vislumbre da lua nova e os muçulmanos ao redor do mundo devem jejuar durante o dia ao longo de todo o mês
Foto: AFP
Homem prepara biscoitos para a quebra do jejum durante o Ramadã na cidade de Cabul
Foto: Reuters
Paquistaneses utilizam um cano de água para se refrescar. A temperatura chegou a 39°C durante o Ramadã em Islamabad
Foto: AP
O menino paquistanês Liaquat Wilayat, de 7 anos, escuta seu professor ensinar como ler os versos do Alcorão no terceiro dia do Ramadã em uma mesquita na periferia de Islamabad. Durante o Ramadã, o mês mais sagrado do calendário islâmico, os muçulmanos não comem, bebem , fumam ou fazem sexo durante o dia
Foto: AP
Foto: Terra
Idoso repousa em uma mesquita de Daca, Bangladesh, durante o Ramadã
Foto: Reuters
Crianças rezam em uma escola muçulmana de Srinagar, na Índia
Foto: AP
Menino muçulmano se prepara para a oração desta terça-feira em uma mesquita de Peshawar, no Paquistão, Durante o mês do Ramadã, os muçulmanos se abstêm de comer, beber, e ter relações sexuais entre o nascer e o pôr do sol
Foto: EFE
Comida é preparada por voluntários paquistaneses em mesquita de Islamabad
Foto: AP
Voluntários preparam refeição que será servida para quebrar o jejum dos muçulmanos durante o mês sagrado do Ramadã em Islamabad, no Paquistão
Foto: AP
Indianos muçulmanos limpam as mãos antes do início das orações da primeira sexta-feira do Ramadã na mesquita Masjid, em Hyderabad, na Índia. Muçulmanos ao redor do mundo estão neste momento respeitando o mês sagrado do Ramadã. Segundo a tradição, eles devem jejuar entre o amanhecer e o entardecer
Foto: AP
Muçulmanos se reúnem para orações em mesquita na cidade de Allahabad, na Índia
Foto: Reuters
Muçulmanos realizam as orações desta sexta-feira na mesquita Istiqlal, em Jacarta, capital da Indonésia
Foto: AP
Muçulmanos da Caxemira, na Índia, erguem as mãos durante as orações desta sexta-feira em Srinagar
Foto: AP
Muçulmanos cozinham o Bubur Lambuk, prato típico da Malásia feito à base de arroz, em Kuala Lumpur. A comida é preparada para ser distribuída ao fim do jejum desta sexta-feira
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Queniano-somali recita versos do Alcorão em Nairóbi, no Quênia
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Trem superlotado se aproxima de estação em Daca, em Bangladesh. Anualmente, bengaleses muçulmanos deixam a capital do país em direção a vilarejos para celebrar com seus familiares o festival Eid al-Fitr, que marca o encerramento do mês sagrado do Ramadã. A massiva "migração" costuma provocar a superlotação de trens, fazendo com que os fieis escalem o seu topo para conseguir realizar a viagem
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Muçulmanos escalam trem para se juntarem a familiares durante a celebração do Eid al-Fitr, em Daca
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Muçulmano chora durante orações na mesquita nacional de Daca, em Bangladesh
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Descalços, muçulmanos rezam em mesquita de Peshawar, no Paquitão
Foto: EFE
Milhares de muçulmanos se reúnem em Jama Maszid para celebrar a última sexta-feira do Ramadã
Foto: AP
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Paquistaneses se abaixam para oferecer preces conhecidas como Jummat-Ul-Vida em mesquita de Karachi. Muçulmanos ao redor do mundo celebram nesta data a última sexta-feira do mês sagrado do Ramadã
Foto: AFP
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Muçulmanos rezam em mesquita na Costa do Marfim, e celebram o Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã
Foto: Sia Kambou / AFP
Menino muçulmano da Grécia ora em Piraeus, próximo a Atenas
Foto: Louisa Gouliamaki / AFP
Muçulmanos da Rússia oram no primeiro dia do Eid al-Fitr, no centro de São Pteresburg
Foto: Olga Maltseva / AFP
Homens da Líbia rezam no início do Eid al-Fitr em Benghazi
Foto: Abdullah Doma / AFP
Mulher iraniana realiza sua oração de Eid al-Fitr, no bairro Vila Olímpica, no oeste de Teerã
Foto: Behrouz Mehri / AFP
Mulheres filipinas muçulmanas se reúnem para orar celebrando o início do Eid al-Fitr em Manila