Autoridades federais identificaram o homem responsável pela produção do filme anti-islâmico que causou revolta e diversos atos violentos contra representações diplomáticas dos Estados Unidos no mundo muçulmano. De acordo com o site do jornal New York Post, o homem foi identificado como Nakoula Basseley Nakoula, 55 anos, um cristão copta.
Segundo o Post, um agente federal, que não quis ser identificado, disse que Nakoula era o homem por trás do filme Innocence of Muslims ("A Inocência dos Muçulmanos", na tradução livre). A obra denigre o islamismo e o profeta Maomé, o que causou uma onda de protestos no mundo muçulmano. No caso mais grave, o embaixador americano na Líbia, Chris Stevens, e outros três funcionários da legação diplomática foram mortos durante o ataque ao consulado do país em Benghazi.
Em entrevistas a meios de comunicação, o autor do filme tinha sido identificado como Sam Bacile, um corretor imobiliário israelense da Califórnia. No entanto, a agência AP descobriu que a alcunha se tratava de um nome falso ou pseudônimo após rastrear o número de celular usado por Bacile em uma entrevista por telefone. Na residência rastreada, em Cerritos, nos arredores de Los Angeles, eles encontraram Nakoula.
Ao ser contactado pela agência AP, Nakoula negou ser o homem identificado como Sam Bacile. Durante a conversa do lado de fora de sua residência com um repórter da AP, ele exibiu sua licença de motorista tentando esconder o seu nome do meio, Basseley. Posteriormente, a AP encontrou em sua investigação esse nome e outras conexões à figura de Bacile, que também foi o nome usado para postar o filme no YouTube.
Nakoula disse à agência AP ser cristão copta e que o diretor do filme compartilha a preocupação dos coptas - religião cristã originária no Egito - sobre o tratamento que eles recebem dos muçulmanos. Ele afirmou que gerenciou a parte de logística para a empresa que produziu o filme.
Nakoula foi condenado anteriormente pela justiça americana por crimes financeiros.
Homem armado celebra o ataque ao consulado americano em Benghazi. Segundo o confirmou o vice-ministro de Interior para o Oriente da Líbia, Wanis al Sharf, o ataque foi realizado em protesto por um vídeo no qual supostamente se ofendia o Islã. Segundo declarações do responsável da Alta Comissão de Segurança em Bengazi, Fawzi Wanis, ao canal de televisão catariano Al Jazeera, o embaixador morreu por asfixia, como consequência do incêndio que explodiu no edifício
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Carro queima durante o ataque de homens armados contra o consulado americano. O embaixador tinha viajado ontem a Benghazi desde Trípoli
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Imagem de arquivo mostra o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, morto no ataque
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O consulado americano em Benghazi é atingido por um grande incêndio durante o ataque
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O consulado americano é visto em chamas
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O consulado americano em Benghazi mostra sinais do ataque que matou o embaixador durante a madrugada
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O interior do consulado dos Estados Unidos em Benghazi foi destruído pelo incêndio
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Carro estacionado no pátio do consulado americano foi queimado no ataque
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Policiais reforçam a segurança em frente à embaixada americana em Túnis, na Tunísia. A Casa Branca aumentou o número de seguranças de suas equipes diplomáticas em vários país
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O presidente do Congresso Nacional líbio, Mohamed al-Megaryef, dá entrevista em Trípoli e pede perdão aos Estados Unidos "e a todo o mundo" pelo ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi
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O papa Bento XVI lidera sua audiência semanal, onde pediu "a tão desejada paz" no Oriente Médio, "no respeito às legítimas diferenças"
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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, faz um pronunciamento condenando o ataque que matou o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens, e outros três americanos. "O mundo precisa de mais Chris Stevens", disse Hillary
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O presidente americano, Barack Obama, fala sobre a morte do embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens. "Nós vamos trabalhar com o governo líbio para levar justiça aos assassinos que atacaram nosso pessoal", disse Obama
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A bandeira americana em frente ao Capitólio, em Washington, é hasteada a meio mastro em sinal de luto pela morte do embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, em Benghazi