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Mundo

França orgulhosa de ter contribuído para fim da tirania na Líbia

20 out 2011 - 13h54
(atualizado às 14h33)
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O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, saudou nesta quinta-feira o "fim de 42 anos de tirania" na Líbia, após o anúncio pelas autoridades da morte do líder deposto Muammar Kadafi, e declarou que a França está orgulhosa de ter ajudado o povo líbio.

Conheça a história do ex-ditador líbio Muammar Kadafi:

"O anúncio da morte de Kadafi e a queda de Sirte significam o fim de um período muito difícil para o povo líbio. É o fim de 42 anos de tirania, de um conflito militar que foi muito duro para o povo líbio", declarou Juppé à imprensa em Nova Délhi.

"Trata-se de um fato histórico. É o início de uma nova era de democracia, liberdade e reconstrução do país", ressaltou. "A França está orgulhosa de ter ajudado o povo líbio", disse, referindo-se ao papel desempenhado pelas tropas francesas na operação da Otan nos sete meses de conflito.

Insurreição líbia culmina com queda de Sirte e morte de Kadafi

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

Dois meses depois, os rebeldes invadiram Beni Walid, um dos últimos bastiões de Kadafi. Em 20 de outubro, os rebeldes retomaram o controle de Sirte, cidade natal do coronel e foco derradeiro do antigo regime. Os apoiadores do CNT comemoravam a tomada da cidade quando os rebeldes anunciaram que, no confronto, Kadafi havia sido morto. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o início da insurreição.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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