Líderes comentam e enviam condolências pela morte de Chávez
Líderes internacionais expressam condolências pela morte do presidente venezuelano Hugo Chávez. A morte ocorreu às 16h25 (17h55 de Brasília) desta terça-feira e o anúncio foi feito pelo vice-presidente, Nicolás Maduro. Chávez morreu em Caracas cerca de três meses após ter passado por cirurgia pela quarta vez devido a um câncer.
O presidente, de 58 anos, teve o câncer inicialmente detectado na região pélvica em meados de 2011. Sua última cirurgia foi em 11 de dezembro e ele não foi visto em público desde então.
Dilma Rousseff, emocionada, pediu um minuto de silêncio em evento com trabalhadores rurais em Brasília em homenagem a Chávez, a quem descreveu como um "grande latino-americano" e um "amigo do povo brasileiro." Dilma cancelou uma visita à Argentina marcada para esta semana para acompanhar o velório de Chávez na Venezuela.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a morte de Chávez representa "um novo capítulo" na história da Venezuela, no qual Washington deseja reforçar seu apoio ao povo venezuelano e ao interesse em desenvolver um relacionamento construtivo com o governo em Caracas.
"À medida que a Venezuela inicia um novo capítulo em sua história, os Estados Unidos permanencem comprometidos às políticas que promovem princípios democráticos, o governo da lei e o respeito pelos direitos humanos", garantiu Obama.
O vice-presidente argentino, Amado Boudou, expressou por meio do Twitter a "grande dor". "Há grande dor em toda a América. Partiu um dos melhores. Até sempre, Comandante: junto a Néstor (Kirchner, presidente argentino falecido) nos guiarão à vitória dos povos!", escreveu o vice de Cristina Kirchner. A líder argentina e o presidente do Uruguai, embarcaram com destino a Caracas para homenagear Hugo Chávez.
Honduras
O ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya disse que Chávez "está no coração do povo" e lamentou o falecimento, "que deixa a América Latina de luto". Zelaya disse ainda que Hugo Chávez "passa para o lugar dos homens que nunca morrem". O governo hondurenho afirmou que "o presidente Chávez foi um extraordinário líder que lutou pela integração dos povos latino-americanos, legado que deixa às presentes e futuras gerações da região".
Emocionado, o presidente da Bolívia, Evo Morales, lamentou a morte de Chávez. “Sentimos que Chávez está mais vivo que nunca. Chávez seguirá sendo a inspiração para os povos que lutam pela liberdade. Hugo Chávez sempre estará conosco”, disse. Falando pausadamente e contendo a emoção, o presidente da Bolívia pediu união aos venezuelanos e aos países da América Latina. “A melhor homenagem ao irmão e companheiro Chávez é a união para lutar pela igualdade, pela liberdade”, afirmou.
Morales viajará a Caracas ainda na noite desta terça-feira. O líder boliviano, que tinha uma estreita relação pessoal com Hugo Chávez, deverá decretar luto oficial.
O governo de Cuba decretou nesta terça-feira três dias de luto pela morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, principal aliado político e sócio comercial da Havana nos últimos 14 anos, que Fidel Castro considerava como "um filho verdadeiro". O governo cubano manifesta suas "sinceras condolências" à Venezuela pela morte de Chávez e decreta três dias de "luto oficial" - na terça e quarta-feira - pela morte de um líder que Fidel considerava como "um filho verdadeiro".
Uruguai
O presidente do Uruguai, José Mujica, expressou dor e mostrou sua confiança no "povo venezuelano", em seu governo e na "força da democracia no país", da qual o falecido governante "foi um grande construtor". Segundo confirmaram fontes do governo uruguaio, Mujica viajará amanhã à Venezuela para participar do sepultamento de Chávez, com quem mantinha uma estreita relação.
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Peru
Em Lima, o presidente Ollanta Humala expressou sua solidariedade com o povo venezuelano e à família Chávez. "Expressamos nossa profunda dor a nossos irmãos na Venezuela, queremos dizer o mesmo também à família e amigos de Hugo Chávez", disse Humala.
Paraguai
O presidente do Paraguai, Federico Franco, expressou seus "profundos pêsames" pela morte de Chávez, mas estimou que as relações entre os dois países devem melhorar, após a ruptura diplomática com Assunção, em junho de 2012, em razão da destituição de Fernando Lugo. "Expresso ao povo venezuelano meu mais sentidos pêsames e uma resignação cristã aos familiares de Hugo Chávez", disse o chefe de Estado paraguaio em declarações à imprensa.
"Não vamos aproveitar para fazer nenhum comentário, críticas que já fizemos quando ele estava vivo (...), mas esperamos que, com o novo governo, trabalhemos de maneira absolutamente profissional, sem ingerência nos assuntos internos e com um respeito irrestrito à autodeterminação dos povos", ressaltou Franco em declarações a uma rádio local.
Chile
No Chile, o presidente Sebastián Piñera admitiu manter "diferenças" com Chávez, "mas eu sempre soube apreciar a força, o compromisso com o qual o presidente Chávez lutou com seus ideais."
O presidente do Equador, Rafael Correa, declarou três dias de luto em homenagem ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Nós perdemos um revolucionário, mas milhões de nós permanecem", disse Correa, um aliado próximo de Chávez. Ele afirmou que a morte de Chávez é uma perda para toda a América Latina.
Colômbia
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, também considerou a morte de Chávez "uma grande perda para a Venezuela e para o continente".
Reino Unido
O secretário britânico de Relações Exteriores, William Hague, expressou "tristeza" pela morte do presidente venezuelano e disse que Chávez deixou uma "marca profunda" em seu povo. "Como presidente da Venezuela durante 14 anos, deixou uma profunda marca no país e além".
O presidente russo Vladimir Putin afirmou nesta quarta-feira que o falecido presidente venezuelano Hugo Chávez era um "homem fora do comum, que olhava para o futuro". Putin destacou que Chávez foi um "amigo próximo da Rússia" e pediu a Caracas a manutenção desta linha entre os dois países. O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, disse: "É uma tragédia, foi um grande político."
O presidente da França, François Hollande, declarou que Chávez "marcou profundamente a história do seu país". Em um comunicado oficial, Hollande enviou seus "profundos pêsames ao povo venezuelano". "Apesar de ter um temperamento e orientações que nem todos apoiavam, Chávez expressava uma vontade inegável de lutar pela justiça e pelo desenvolvimento" acrescenta. "Estou convencido de que a Venezuela conseguirá superar este momento difícil na paz e na democracia", completou o presidente francês.
O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, transmitiu nesta quarta-feira ao Executivo e ao povo venezuelano seus pêsames pela morte do presidente da república, Hugo Chávez, e afirmou que com sua morte "desaparece uma das figuras mais influentes da história contemporânea da Venezuela". Rajoy disse ainda que "nestes momentos de luto" o governo espanhol quer expressar sua vontade de "continuar trabalhando intensamente no fortalecimento dos vínculos bilaterais e das relações de profunda amizade que unem" ambos países e seus cidadãos.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, afirmou nesta quarta-feira esperar que a Venezuela inicie uma nova era após a morte do presidente Hugo Chávez. "Espero que a Venezuela volte a avançar depois destes dias de luto", destacou o chanceler alemão em um comunicado. "A Venezuela tem um forte potencial e a democracia e a liberdade são bons meios para concretizar este potencial", completou.
Organização das Nações Unidas (ONU)
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou condolências à população e ao governo da Venezuela. "É a primeira notícia que tenho e, embora pretenda fazer mais adiante um discurso formal, quero enviar minhas mais sentidas condolências à família do presidente Chávez, assim como ao povo e ao governo da Venezuela", disse Ban à imprensa na sede das Nações Unidas.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, homenageou nesta quarta-feira o presidente venezuelano Hugo Chávez, que morreu de "uma doença suspeita", segundo o líder do Irã. Ahmadinejad saudou Chávez como "um mártir por ter servido seu povo e protegido os valores humanos e revolucionários".
"A Venezuela perdeu um filho forte e corajoso, e o mundo perdeu um líder revolucionário e sábio", disse Ahmadinejad. "Não tenho dúvidas de que voltará, junto com o virtuoso Jesus e o Homem perfeito", completou. O Irã declarou um dia de luto nacional após a morte do presidente da Venezuela
O governo chinês lamentou a morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, qualificado como "um grande líder da Venezuela e amigo do povo chinês". "Durante seu mandato, Chávez deu uma grande contribuição às relações de amizade e cooperação entre China e Venezuela", expressou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, em entrevista coletiva em Pequim.
O governo sírio prestou homenagem ao presidente venezuelano Hugo Chávez, um dos poucos dirigentes do mundo que apoiou Bashar al-Assad ante a revolta popular que virou rebelião armada. "Chávez sempre apoiou os direitos legítimos árabes; também ante o complô contra a Síria", afirma uma nota da agência oficial síria Sana. O falecido líder "expressou em várias ocasiões a solidariedade com o governo e o povo sírios ante o ataque imperialista selvagem", completa a nota.
O ministro de Relações Internacionais do Fatah e assessor presidencial palestino, Nabil Shaath, expressou as profundas condolências da Palestina à família do presidente Hugo Chávez e ao governo e povo da Venezuela pela morte de "um amigo leal". "A Palestina diz adeus a um amigo leal que defendeu apaixonadamente nosso direito à liberdade e à autodeterminação. Sua contribuição à causa da dignidade não tinha fronteiras e alcançou os corações e mentes do mundo árabe", disse Shaath por meio de um comunicado.
A União Europeia (UE) expressou nesta quarta-feira a sua "tristeza" com o falecimento do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e destacou o "desenvolvimento social" e a "contribuição à integração regional na América do Sul" alcançados pelo país sob a sua administração. "A União Europeia recebeu com tristeza as notícias sobre a morte do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez", assinalaram em comunicado conjunto os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Com informações das agências AFP, Reuters e EFE
