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Mundo

Bala na barriga matou Kadafi, diz médico que examinou corpo

21 out 2011 - 07h28
(atualizado às 10h13)
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Muammar Kadafi foi fatalmente ferido por uma bala em seus intestinos depois de ser capturado, de acordo com um médico que examinou o corpo, em meio a relatos conflitantes sobre a morte do ex-líder líbio.

Muammar Kadafi foi morto após confrontos com combatentes do CNT em Sirte nesta quinta-feira
Muammar Kadafi foi morto após confrontos com combatentes do CNT em Sirte nesta quinta-feira
Foto: AFP

Kadafi, 69 anos, foi morto na quinta-feira depois de capturado por combatentes líbios do governo provisório, a quem ele havia chamado de "ratos" no começo da insurreição de oito meses que pôs fim a seus 42 anos no poder.

Ele foi localizado na quinta-feira, quando as forças líbias assumiram o completo controle da cidade-natal de Kadafi, Sirte. "Kadafi foi capturado vivo, mas morreu depois. Houve uma bala e essa foi a causa primária de sua morte; ela penetrou em suas entranhas", afirmou o dr. Ibrahim Tika à TV al Arabiya. "E houve uma outra bala na cabeça, que entrou e saiu".

Antes, o primeiro-ministro do governo provisório líbio, Mahmoud Jibril, ao ler o que disse ser o relatório da autópsia, declarou que Kadafi foi retirado sem resistência de um "cano de esgoto", alvejado no braço e colocado em um caminhão, que foi então "pego num cessar-fogo" enquanto o levava ao hospital.

Imagens mostravam um homem com os cabelos longos e encaracolados de Kadafi, coberto de sangue e sofrendo golpes de homens armados. Tika, que também examinou o filho de Kadafi, Moutassim, disse que ele teria morrido depois do pai.

"Quanto a Moutassim, houve um ferimento no peito e logo abaixo do pescoço. Havia outros ferimentos nas costas e nas pernas", disse.

Insurreição líbia culmina com queda de Sirte e morte de Kadafi

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

Dois meses depois, os rebeldes invadiram Beni Walid, um dos últimos bastiões de Kadafi. Em 20 de outubro, os rebeldes retomaram o controle de Sirte, cidade natal do coronel e foco derradeiro do antigo regime. Os apoiadores do CNT comemoravam a tomada da cidade quando os rebeldes anunciaram que, no confronto, Kadafi havia sido morto. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o início da insurreição.

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