Contra o terrorismo, Recife usa robô antibombas e químicos

Uma dos principais riscos à segurança da Copa das Confederações, a ameaça de terrorismo terá uma atenção especial no Recife (PE). Três robôs antibombas de última geração, trajes antifragmentos e kits de atuação remota (que funcionam à distância) vão controlar hotéis, veículos e as imediações da Arena Pernambuco para detectar possíveis terroristas. O estádio recebe três jogos – Espanha e Uruguai (16 de junho), Japão e Itália (19 de junho) e Uruguai e Taiti (23 de junho) – e contará com uma estratégia diferenciada de segurança, já que fica em uma área rural do município de São Lourenço da Mata, a 20 quilômetros da capital.

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Neste domingo, o Terra mostra a terceira reportagem da série sobre como as seis capitais estão se preparando para receber os jogos com segurança. Na sexta-feira, foi a vez de Brasília; ontem, a de Fortaleza (CE); na segunda-feira, Salvador (BA); na terça, Belo Horizonte (MG), e na quarta do Rio de Janeiro, cidade que receberá a final no Estádio do Maracanã.

Os robôs foram cedidos a Pernambuco pela Polícia Federal (PF), que também adquiriu quatro trajes antifragmentos – os demais foram comprados pela Polícia Militar. Os equipamentos pesam 37 quilos e serão utilizados quando os robôs, controlados de forma remota, não conseguirem desarmar a bomba. Segundo a PF, a tecnologia permite desativar também armas químicas.

"Teremos ainda delegacias móveis da Polícia Civil, batalhões especializados em salvamento e resgates do Corpo de Bombeiros e uma integração das forças de segurança na Arena Pernambuco, com cavalaria, motos e viaturas. Vamos estabelecer perímetros para checar veículos, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Guarda Municipal", afirmou o presidente da Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para Grandes Eventos em Pernambuco, Humberto Freire. Segundo ele, o efetivo contará com 5.240 policiais militares, bombeiros e guardas municipais, 541 agentes da PF e 448 da PRF.

Estratégia diferenciada na Arena

Construída em uma área rural de São Lourenço da Mata, a Arena Pernambuco requer um plano singular de proteção, já que no seu entorno há muitas árvores e plantações. O projeto imobiliário do local prevê a construção da Cidade da Copa, com uma universidade, ginásio, prédios residenciais e comerciais. Porém, no momento, a Secretaria de Defesa Social teve de pensar em como assegurar a tranquilidade aos torcedores em uma região descampada, cheia de esconderijos naturais.

Para isso, serão implantadas quatro barreiras nos dias dos jogos, de onde só passarão pessoas que estiverem com ingressos para as partidas. Dentro do estádio, haverá uma sala de monitoramento integrada com o circuito fechado de segurança, com 271 câmeras – sendo 34 delas em HD na cobertura - para controlar todos os acessos e espaços da Arena. Em uma área vizinha, foi instalado o Centro de Controle e Comando Integrado de Pernambuco. 

A operação estará conectada com a segurança privada contratada para fazer a proteção nos hotéis oficiais, nos centros de treinamentos, aeroporto, metrô e nas chamadas rotas protocolares, por onde passarão os executivos da Fifa e as delegações das seleções.