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Estados Unidos

Líbia pede reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU

19 mar 2011 - 20h24
(atualizado em 22/3/2011 às 12h20)
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A Líbia solicitou neste sábado uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU após o início de uma operação militar internacional contra o regime de Muammar Kadafi, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado divulgado pela agência oficial "Jana". "A Líbia, como um Estado independente e membro das Nações Unidas, solicitou a realização de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU após a agressão da França, Grã-Bretanha e Estados Unidos", relatou o ministério.

O comunicado considera que "se trata de uma agressão que ameaça a paz e a segurança internacionais" e assegurou que foram registradas vítimas civis e danos em hospitais. "Esta agressão aérea e marítima teve como alvo várias regiões civis do oeste do país, deixando vítimas civis e causando danos em hospitais, aeroportos e estradas", diz a nota.

Segundo o regime líbio, essa "agressão deixa sem efeito a resolução 1973 sobre a exclusão aérea". Nesse sentido, o governo considerou que os ataques da força aliada "dão à Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista (o nome oficial da Líbia) o direito a usar sua aviação militar e civil em ações de autodefesa depois que França acabou com a exclusão aérea".

Cindida entre rebeldes e forças de Kadafi, Líbia mergulha em guerra civil

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, enquanto os casos tunisiano e egípcio evoluíram e se resolveram principalmente por meio protestos pacíficos, a situação da Líbia tomou contornos bem distintos, beirando uma guerra civil.

Após semanas de violentos confrontos diários em nome do controle de cidades estratégicas, a Líbia se encontrava atualmente dividida entre áreas dominadas pelas forças de Kadafi e redutos da resistência rebeldes. Mais recentemente, no entanto, os revolucionários viram seus grandes avanços a locais como Sirte e o porto petrolífero de Ras Lanuf serem minados no contra-ataque de Kadafi, que retomou áreas no centro da Líbia e se aproxima das portas de Benghazi, a capital da resistência rebelde, no leste líbio.

Essa contra-ofensiva governista mudou a postura da comunidade internacional. Até então adotando medidas mais simbólicas que efetivas, ao Conselho de Segurança da ONU aprovou em 17 de março a determinação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. A iminência de uma interferência internacional, muitas vezes requisitada pela resistência rebelde, fez com que Kadafi anunciasse um cessar-fogo, mas confrontos persistem. Mais de mil pessoas morreram, e dezenas de milhares já fugiram do país.

EFE   
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