PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Europa

UE pede transição ordenada e eleições livres no Egito

2 fev 2011 - 10h18
(atualizado às 11h31)
Compartilhar

A Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) pediu nesta quarta-feira uma transição democrática "ordenada" no Egito através da realização de eleições "livres e imparciais".

O processo deve incluir todas as forças políticas e da sociedade civil dispostas a aceitar os princípios democráticos, segundo destacou a Comissão em uma declaração emitida ao fim de sua reunião desta quarta-feira.

O órgão executivo da União Europeia pediu ao Governo egípcio o início das "reformas necessárias", incluindo eleições plenamente democráticas, "de forma oportuna, concreta e decidida".

A Comissão ressaltou que o melhor meio para conseguir estabilidade e prosperidade é o estado de direito, o respeito aos direitos fundamentais, as eleições livres e imparciais e uma democracia pluralista ancorada em uma sociedade civil ativa.

Ainda assinalou sua disposição para aumentar sua assistência ao Egito e ao povo desse país durante essa fase de transição, segundo a declaração lida pela porta-voz chefe da Comissão, Pia Ahrenkilde.

A declaração conclui que as aspirações dos povos das duas margens do Mediterrâneo são as mesmas, como o bem-estar, dignidade e respeito às liberdades fundamentais.

P>Protestos convulsionam o Egito

Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet -, os egípcios protestam pela saída do presidente Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder. No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher. As medidas foram ignoradas pela população, mas Mubarak disse que não sairia. Limitou-se a dizer que buscaria "reformas democráticas" para responder aos anseios da população a partir da formação de um novo governo.

A partir do dia 29, um sábado, a nova administração foi anunciada. Passaram a fazer parte dela o premiê Ahmed Shafiq, general que até então ocupava o cargo de Ministro da Aviação Civil, e o também general Omar Suleiman, que reinaugurou o cargo de vice-presidente, posto inexistente no país desde 1981. A medida, mais uma vez, não surtiu efeito, e os protestos continuaram. No domingo, o presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou o retorno da polícia antimotins. A emissora Al Jazeera, que vinha cobrindo de perto os tumultos, foi impedida de funcionar.

Enquanto isso, a oposição seguiu se organizando. ElBaradei garantiu que "a mudança chegará" para o Egito. Já o principal grupo opositor, os Irmãos Muçulmanos, disse que não iriam dialogar com o novo governo. Na terça, dia 1º de fevereiro, dezenas de milharesde pessoas se reuniram na praça Tahrir para exigir a renúncia de Mubarak. A grandeza dos protestos levou o líder egípcio a anunciar que não participaria das próximas eleições, para delírio da massa reunida no centro do Cairo. Apesar dos últimos protestos terem sido pacíficos, a ONU estima que cerca de 300 pessoas já tenham morrido no país desde o início dos protestos.



EFE   
Compartilhar
Publicidade