PUBLICIDADE

Ministério: restringir vacina a grupos de risco depende de cada país

29 jul 2009 - 14h53
(atualizado às 16h13)
Compartilhar

É consenso que não haverá vacina contra a gripe suína para toda a população mundial. Contingenciar a vacina para grupos de risco, entretanto, depende da realidade de cada país, avaliou o Ministério da Saúde do Brasil, após um estudo identificar as grávidas como grupo mais vulnerável e recomendar prioridade em sua imunização. A previsão do Instituto Butantã é de que a vacina fique pronta no País até abril de 2010.

» Veja que cuidados tomar contra a gripe suína

» Grávidas correriam maior risco de contrair gripe

» Hospitais do Rio internarão grávidas com sintomas de gripe


» Grávida morre com suspeita de gripe suína no Rio

Os autores da pesquisa, elaborada nos Estados Unidos e publicada na revista médica The Lancet, constataram que as grávidas têm um índice de hospitalização pela gripe quatro vezes maior que o resto da população naquele país, onde seis mulheres grávidas morreram entre 15 de abril e 18 de maio. A partir dos dados, concluíram que as gestantes podem ter maior risco de complicações pelo vírus A (H1N1) e que, por isso, devem ter prioridade na imunização.

O diretor do Instituto Emílio Ribas, o infectologista David Uip, concorda com a conclusão, mas afirma que os primeiros a serem imunizados devem ser os profissionais de saúde. "Se você não vacinar antes os médicos, quebra o sistema", disse. Ele prevê dificuldades na distribuição do medicamento em função das precariedades como as más condições das estradas e do transporte aéreo no País.

O Ministério da Saúde afirmou ainda não ter dados sobre quantas grávidas morreram no Brasil de gripe suína e afirmou também que ainda não está definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) se haverá um plano de contingenciamento da vacina para grupos de risco. O Instituto Butantã afirmou que dará início à produção da vacina em outubro e que espera ter as primeiras doses em seis meses - entre fevereiro e abril.

Houve o registro de mulheres grávidas mortas por gripe suína em três estados: São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A Secretaria do Estado de Saúde do Rio de Janeiro determinou que todos os hospitais da rede estadual internem as grávidas que apresentarem sintomas da gripe suína. Foi recomendado também que as unidades municipais e particulares adotem a medida.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade