1

2

3

4

5

6

7

Francine: ‘Tomei banho gelado por sete dias e isso não representou nenhum sacrifício’

Sou de uma família bem católica. Além das missas nos domingos, participava de Grupos de Oração e encontros de jovens. Quando meu irmão foi na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) da Alemanha, em 2005, eu decidi que na próxima eu também iria. Porém, em 2008, como estava para me formar, não consegui ir à JMJ da Austrália. Com isso, coloquei meus esforços na de Madri, em 2011. Para o encontro na Espanha, além da própria JMJ, o que me motivou foi a possibilidade de integrar um grupo de missionários brasileiros da Renovação Carismática Católica (RCC). Eu fui uma das selecionadas para representar o movimento em uma semana de evangelização em cidades da Espanha. Nós éramos em torno de 150 jovens de todos os Estados do Brasil. Foi muito bacana, pois os europeus eram bem fechados e ficaram impressionados com o fato de nós cantarmos e dançarmos músicas de igreja, como também o fato de nós brasileiros sermos mais calorosos.

A ideia da RCC Brasil era justamente resgatar no povo europeu a fé que eles mesmos trouxeram para nós séculos atrás.
É muito interessante essa diversidade de culturas dentro da própria Igreja. Para mim, a JMJ é uma grande festa, promovida pela Igreja Católica para se encontrar com seus jovens, bem como João Paulo 2º imaginava. E o clima em Madri não poderia ser diferente. O ambiente era de festa, de alegria, de ansiedade para ver e escutar as palavras do Papa. Eu dormi por uma semana no chão, em um saco de dormir fininho, sentindo toda a madeira do ginásio de esportes em que estava instalada. Tomei banho gelado por sete dias, além de dormir ao relento na vigília com o Papa, no penúltimo dia. Assim como eu, outros 2 milhões de jovens passaram pela mesma situação e isso não representou nenhum sacrifício. Afinal, todos estavam ali para isso, para sair da comodidade da nossa vidinha e vivenciar o extraordinário de quem se coloca como peregrino.

Francine Natacha da Silva, 26 anos

Foto: Divulgação