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Polícia

Suspeito nega ter atropelado alemão de barco

4 jan 2009 - 16h23
(atualizado às 16h32)
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A polícia ouviu na madrugada deste domingo, por volta das 3h30, na 167ª Delegacia de Polícia (Paraty), o instrutor de remo Felipe Paniza, 27 anos, apontado como o principal suspeito de ter atropelado e matado o alemão Christian Wölffer, 70 anos, no último dia 31.

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Felipe é morador de São Paulo e se apresentou assim que a polícia obteve a informação de que ele seria o autor do atropelamento. A polícia de Paraty entrou em contato com a mãe de Felipe, e informou sobre a denúncia anônima feita contra ele.

O instrutor prestou depoimento, negando ter sido o autor do crime. Felipe contou que saiu de São Paulo para Paraty, onde dormiu e seguiu viagem no dia seguinte para Angra, de onde pegou uma embarcação e seguiu para Ilha Grande. Lá, ele teria passado o Réveillon com mais 10 amigos. O suspeito informou que não possui nenhuma embarcação, a não ser uma canoa simples, sem motor, e que só a usou nas águas de Ilha Grande.

Felipe levou para a delegacia notas fiscais de compras feitas por ele no dia 31 de dezembro, dia do atropelamento do alemão, em Ilha Grande, para comprovar sua inocência.

O advogado da família, Oscar Francisco dos Santos, acompanhou o rapaz e acredita que tenha havido um engano. "Foi um equívoco. Pode ser indício de vingança ou uma denúncia plantada", disse Oscar.

Também prestarão depoimento os amigos de Felipe, além do dono da pousada vizinha a que os jovens dizem ter se hospedado, em Ilha Grande. Este deve confirmar ter visto Paniza todos os dias na Ilha, sem ter se ausentado.

Outras três testemunhas, entre elas o casal de atores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert, que se atiraram ao mar para tentar salvar o alemão, receberam intimação para depor, mas só deverão prestar depoimento no final da semana.

Apesar de ter sido liberado logo após ter prestado depoimento, Felipe permaneceu na delegacia acompanhando as demais testemunhas. "Alguém me denunciou para me prejudicar. Não sei por quê", afirma o rapaz. Felipe ficou do lado de fora da DP junto da mãe e permaneceu a maior parte do tempo calado.

A Capitania dos Portos de Paraty identificou algumas embarcações, buscando provas e fazendo perícias.

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