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Oriente Médio

Israel diz que não envenenou Arafat; "é uma tempestade em copo d'água"

As declarações foram dadas pelo ministro de Energia, Silvan Shalom, que em 2004 era ministro das Relações Exteriores e membro do gabinete de segurança

7 nov 2013 - 10h47
(atualizado às 10h48)
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Israel afirmou nesta quinta-feira que não envenenou Yasser Arafat, em resposta ao anúncio feito pela viúva do líder palestino de que testes realizados na Suíça provaram que ele morreu de envenenamento radioativo por polônio em 2004.

Arafat, em foto de 2003
Arafat, em foto de 2003
Foto: AFP

"Nunca tomamos a decisão de feri-lo fisicamente", disse à Rádio Israel o ministro de Energia, Silvan Shalom, que em 2004 servia como ministro das Relações Exteriores e como membro do gabinete de segurança de Israel. "É uma tempestade em um copo de água. Mas mesmo se foi (envenenamento), com certeza não foi Israel. Talvez outra pessoa tivesse pensamentos ou interesse em fazê-lo".

Na Cisjordânia ocupada, um integrante sênior da Organização pela Libertação da Palestina divulgou um novo pedido para uma investigação internacional sobre a morte de Arafat.

O apelo palestino foi feito depois que o canal de notícias Al-Jazeera mostrou, na terça-feira, o relatório científico suíço baseado em amostras de ossos de Arafat tiradas da cova dele em novembro passado, revelando níveis incomumente altos do isótopo polônio em seu corpo.

"Esse assunto merece a formação de um órgão judicial internacional para investigar e responsabilizar o agressor", disse Wasel Abu Yousef. "Quem tinha interesse em sua morte era a ocupação (Israel)", acrescentou.

O chefe palestino das negociações de paz, Saeb Erekat, fez um apelo para um tribunal internacional sobre a morte de Arafat no ano passado, quando o mesmo canal de notícias, sediado no Catar, revelou em primeira mão a presença de polônio nas roupas de Arafat.

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