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Oriente Médio

Estudo aponta que polônio radioativo foi achado nos ossos de Yasser Arafat

Resultado indica que há grandes chances de Arafat ter sido envenenado. Ele morreu em 2004

6 nov 2013 - 14h47
(atualizado às 15h10)
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Arafat em imagem de arquivo de 2004
Arafat em imagem de arquivo de 2004
Foto: Reuters

Cientistas suíços que conduziram testes em amostras retiradas do corpo do falecido líder palestino Yasser Arafat encontraram níveis de polônio radiotivo pelo menos 18 vezes maiores do que o normal em seus restos morais, informa a Al Jazeera America. Os cientistas dizem ter uma confiança de até 83% de que Arafat foi envenenado, o que dizem "moderadamente apoiar" o polônio como a causa da morte. 

O parecer de 108 páginas do Centro Universitário de Medicina Legal de Lausanne, que foi obtido pela Al Jazeera, informa que foram encontrados elevados níveis não naturais de polônio nas costelas e pelvis de Arafat. 

"Estamos revelando um verdadeiro crime, um assassinato político", disse Suha Arafat, viúva do líder palestino, à Reuters em Paris. "Isso confirmou todas as nossas dúvidas",  acrescentou Suha, que se reuniu com membros da equipe forense suíça em Genebra na terça-feira. "Está cientificamente provado que ele não morreu de morte natural, e nós temos a prova científica de que este homem foi assassinado". 

Ao lado de equipes da Rússia e da França, os cientistas suíços obtiveram amostras do corpo de Arafat em novembro passado após este ser exumado do mausoléu em que se encontrava em Ramallah, na Cisjordânia. 

Arafat morreu em 11 de novembro de 2004 em um hospital na França. Ele tinha 75 anos. Uma nova investigação sobre sua morte está sendo realizada por autoridades francesas. 

Apesar de estar certa do envenenamento, Suha não acusou qualquer país ou pessoa, e reconheceu que o líder histórico da Organização para a Libertação da Palestina tinha muitos inimigos. Arafat assinou os acordos interinos de paz com Israel em Oslo em 1993 e liderou uma revolta posterior, após o fracasso das negociações, em 2000, sobre um acordo definitivo.

Ele tinha inimigos entre seu próprio povo, mas muitos palestinos acusam Israel, que cercou o líder palestino em seu quartel-general em Ramallah pelos dois últimos anos e meio de sua vida. O governo israelense nega qualquer participação na morte, observando que ele tinha 75 anos e não tinha um estilo de vida saudável.

Com informações da Al Jazeera America e da Reuters

Fonte: Terra
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