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Oriente Médio

Fúria com vídeo sobre Maomé diminui no mundo muçulmano

15 set 2012 - 15h36
(atualizado às 16h05)
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A onda de furiosos protestos anti-Ocidente contra um filme ridicularizando o profeta Maomé diminuiu um pouco neste sábado, mas a política norte-americana no mundo muçulmano continuou ofuscada pelos 13 minutos de um vídeo amador publicado na internet.

Tensão arrefeceu após quatro dias de confrontos no mundo muçulmano
Tensão arrefeceu após quatro dias de confrontos no mundo muçulmano
Foto: AP

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A polícia de choque invadiu a praça Tahrir no Cairo e conteve centenas de pessoas no início deste sábado após quatro dias de confrontos e exigências dos manifestantes para que o embaixador dos Estados Unidos fosse expulso do país.

A maior autoridade religiosa da Arábia Saudita denunciou os ataques aos diplomatas e às Embaixadas pelo Oriente Médio como não islâmicas. Por outro lado, o braço da al Qaeda sediado no Iêmen aplaudiu as mortes dos diplomatas norte-americanos na Líbia e incitou os muçulmanos a matar mais, chamando o vídeo publicado na internet de outro capítulo nas "cruzadas" contra o Islã.

Um californiano condenado por fraude bancária, que negou reportagens de que estaria envolvido na produção do filme, foi levado para interrogatório por autoridades que estão investigando a possível violação da liberdade condicional por fazer o filme.

O Talibã, do Afeganistão, assumiu a responsabilidade por um ataque que matou dois fuzileiros navais dos Estados Unidos, dizendo que isso era uma resposta aos insultos ao fundador do Islamismo.

Centenas de muçulmanos tomaram as ruas da maior cidade da Austrália, com alguns arremessando pedras e garrafas em confronto com a polícia. Alguns carregaram cartazes dizendo "Decapitem todos aqueles que insultam o profeta".

Relativamente calmo
O sábado, no entanto, estava relativamente calmo após pelo menos nove mortes no mundo muçulmano na sexta-feira durante protestos e ataques contra Embaixadas norte-americanas e de outros lugares do Ocidente.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conduzindo na sexta-feira uma cerimônia para homenagear o embaixador do país na Líbia e outros três norte-americanos mortos no ataque ao consulado dos EUA em Bangazi em 11 de setembro, prometeu "não tolerar" violência.

Autoridades líbias disseram ter identificado 50 pessoas envolvidas no ataque no qual o embaixador Christopher Stevens foi morto.

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