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Estados Unidos

Atirador invade templo nos EUA; suspeito e 6 vítimas teriam morrido

5 ago 2012 - 14h34
(atualizado às 23h21)
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Um homem abriu fogo na manhã deste domingo em um templo Sikh de Oak Creek, próximo a Milwaukee, no Estado americano do Wisconsin. Pelo menos sete pessoas morreram, incluindo o atirador, morto pela polícia. A polícia não confirmou que o ataque tenha sido feito por apenas um atirador, mas encerrou o alerta e limpou o templo.

Homem atira contra fiéis em templo nos EUA:

Saiba quem são os sikhs, vítimas do ataque de um atirador nos EUA

O chefe policial Greenfield, Bradley Wentland, explicou que uma unidade da polícia se deslocou ao templo em Oak Creek, um subúrbio nos arredores de Milwaukee, ao receber um alerta sobre disparos por volta das 10h25 locais (12h25 de Brasília).

Inicialmente, as autoridades haviam informado que o primeiro oficial a chegar teria matado o suposto atirador. Em entrevista coletiva, no entanto, a organização corrigiu a informação, afirmando que o primeiro policial chegou ao templo e prestou socorro a uma vítima no estacionamento. O suspeito, então, atirou no agente, e um segundo policial matou o suposto atirador.

Na entrevista coletiva após o incidente, o chefe de polícia John Edwards informou que o caso está sendo tratado como um "ataque terrorista doméstico". "Foi uma tragédia que poderia ter sido muito pior", disse o porta-voz. As autoridades marcaram uma entrevista coletiva para segunda-feira, às 10h locais (12h de Brasília).

O Milwaukee Journal-Sentinel chegou a noticiar que o número de pessoas atingidas pode chegar a 30, mas ainda não há um número oficial sobre os feridos. O líder do templo, Satwant Kalek, está entre os feridos e foi levado a um hospital.

Por volta das 13h locais (15h de Brasília), as equipes da SWAT, polícia de operações táticas americana, evacuaram o local após o alerta sobre tiros. A representante do Departamento de Bombeiros de Oak Creek afirmou que as primeiras informações sobre os disparos chegaram às 10h30 no horário local (12h30 no horário de Brasília). Depois do ataque, imagens transmitidas por uma televisão americana mostraram o templo isolado e cercado com ambulâncias e unidades táticas da polícia.

Em comunicado, o governador de Wisconsin, Scott Walker, disse que está trabalhando com o FBI e as autoridades locais na investigação do crime. Segundo a ABC News, agentes federais do escritório de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo foram enviados ao local para prestar auxílio. "Nossos corações estão com as vítimas e suas famílias, como todos nós luta para compreender o mal que gera essa violência terrível", disse Walker. "Ao mesmo tempo, estamos cheios de gratidão para os nossos socorristas, que mostram bravura e abnegação, enquanto eles colocam de lado sua própria segurança para proteger os nossos vizinhos e amigos."

Na noite de domingo, o FBI, junto a um esquadrão antibombas e unidades caninas averiguavam uma casa que se acredita ser do suspeito, em Cudahy, próxima ao local do atentado. Os agentes procuram por armas e computadores que possam dar pistas sobre o crime. As residências que ficam próximas à região estão sendo evacuadas por "um período prolongado de tempo", por ordem da polícia.

Segundo a rede CNN, uma testemunha relatou que o atirador vestia camisa branca e calça preta e teria uma tatuagem em que se lia "9/11", ou "11 de setembro". Após se comunicar com pessoas que estavam na sede, um membro do comitê do templo, Ven Boba Ri, informou que o atirador era um homem branco, de cerca de 30 anos. "Parece muito com um crime de ódio. Ele não é um membro da comunidade", afirmou, conforme a AFP.

A embaixada da Índia em Washington classificou o ocorrido como "trágico incidente", e informou que está em contato com o Conselho de Segurança Nacional e autoridades locais para monitorar a situação. O sikhismo é uma religião monoteísta originária no Punjab, região dividida entre o Paquistão e a Índia. Estima-se que existam cerca de 23 milhões de fiéis no mundo.

O Fundo Sikh Americano de Defesa Legal e Educação se pronunciou sobre o ataque ao templo de Oak Creek, próximo a Milwaukee, no Estado americano de Wisconsin. "As casas de culto são lugares de paz. Ataques a qualquer casa de culto devem ser condenados pelos americanos", ressalta o comunicado, ao afirmar que esse tipo de crime fere o princípio de tolerância religiosa no qual os Estados Unidos é construído. A organização lamentou a perda dos mortos nos ataques.

Os EUA foram abalados recentemente pelo massacre em um cinema de Aurora, no Estado do Colorado, onde um jovem de 24 anos, James Holmes, atirou contra a multidão, deixando 12 mortos e 58 feridos, no dia 20 de julho, estreia do mais recente filme da série Batman.

Com agências internacionais

Fonte: Terra
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