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Distúrbios no Mundo Árabe

Governo francês apoia reformas legislativas na Argélia

16 abr 2011 - 09h31
(atualizado às 10h24)
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O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, disse neste sábado que as reformas anunciadas pelo presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, incluindo as mudanças na Constituição, seguem "na direção correta".

Em declarações à imprensa durante um colóquio sobre os recentes acontecimentos no mundo árabe, Juppé assinalou que "o grande movimento de aspiração popular por liberdade e democracia que atinge o conjunto do Magrebe e além, até o Golfo Pérsico, certamente também concerne à Argélia".

Em discurso à nação divulgado pela televisão pública, Abdelaziz Bouteflika anunciou nesta sexta-feira uma revisão da Constituição, da Lei Eleitoral e da Lei de Partidos Políticos, em busca de "uma melhor prática da democracia na Argélia".

O presidente da Argélia não especificou a data dessas revisões, mas prometeu levar em conta todos os partidos políticos, inclusive os que não estão representados no Parlamento.

Protestos irradiam por norte africano e península arábica

No dia 16 de dezembro de 2010, em ato de protesto contra o governo, um jovem desempregado morreu após imolar-se em público na capital da Tunísia. Poucas semanas depois, uma onda de protestos por melhores condições varreu o país, culminando na deposição do presidente Ben Ali. Em fevereiro, o mesmo sentimento popular tomou corpo no Egito, onde a população manteve protestos massivos até a renúncia de Hosni Mubarak.

Estes feitos irradiaram pelo norte africano e pela península arábica. Na Líbia, protestos desembocaram em uma violenta guerra civil entre rebeldes e forças de Muammar Kadafi, situação que levou a comunidade internacional a intervir no país. Mais recentemente, Iêmen e Síria vêm vivendo protestos de maior vulto. Argélia, Bahrein, Jordânia, Marrocos e Omã também vêm sendo palco de contestação política.

O protesto de moradores contra a demolição de casas irregulares terminou em confronto com a polícia, em Argel
O protesto de moradores contra a demolição de casas irregulares terminou em confronto com a polícia, em Argel
Foto: Reuters
EFE   
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