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Europa

Itália afirma que coalizão não está em guerra na Líbia

21 mar 2011 - 06h56
(atualizado às 17h32)
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A Itália nega que a coalizão internacional execute uma "guerra" contra a Líbia, afirmou nesta segunda-feira em Bruxelas o ministro das Relações Exteriores de Roma, Franco Frattini.

info infográfico líbia infromações sobre o país
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Foto: AFP

"Isto não deveria ser uma guerra contra a Líbia, e sim a aplicação na íntegra da resolução da ONU", declarou Frattini à imprensa antes de uma reunião dos chefes da diplomacia dos países da União Europeia (UE).

Um pouco antes, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, afirmou que as críticas da Liga Árabe reforçaram as dúvidas de Berlim sobre os bombardeios na Líbia.

"Afirmamos de maneira clara desde o princípio que não participaríamos nesta operação da coalizão internacional", disse. "Isto significa que consideramos que há riscos na operação em curso. E quando ouvimos o que disse a Liga Árabe ontem (domingo), lamentavelmente comprovamos que tínhamos motivos para estar preocupados".

O secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Amr Musa, criticou os bombardeios da coalizão internacional contra a Líbia, por considerar que se afastaram do objetivo de impor uma zona de exclusão aérea.

Cindida entre rebeldes e forças de Kadafi, Líbia mergulha em guerra civil

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, enquanto os casos tunisiano e egípcio evoluíram e se resolveram principalmente por meio protestos pacíficos, a situação da Líbia tomou contornos bem distintos, beirando uma guerra civil.

Após semanas de violentos confrontos diários em nome do controle de cidades estratégicas, a Líbia se encontrava atualmente dividida entre áreas dominadas pelas forças de Kadafi e redutos da resistência rebeldes. Mais recentemente, no entanto, os revolucionários viram seus grandes avanços a locais como Sirte e o porto petrolífero de Ras Lanuf serem minados no contra-ataque de Kadafi, que retomou áreas no centro da Líbia e se aproxima das portas de Benghazi, a capital da resistência rebelde, no leste líbio.

Essa contra-ofensiva governista mudou a postura da comunidade internacional. Até então adotando medidas mais simbólicas que efetivas, ao Conselho de Segurança da ONU aprovou em 17 de março a determinação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Menos de 48 horas depois, enquanto os confrontos persistiam, França, Reino Unido e Estados Unidos iniciaram ataques. Mais de mil pessoas morreram, e dezenas de milhares já fugiram do país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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