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Mundo

Últimos brasileiros na Líbia chegam ao País no fim de semana

25 fev 2011 - 13h28
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

O Itamaraty informou, nesta sexta-feira, que os últimos brasileiros que estão na Líbia devem retornar ao País neste fim de semana. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, 148 funcionários da empresa Queiroz Galvão embarcam, ainda na tarde de hoje, em um navio grego e realizam uma viagem de 17 horas de Bengazi até o porto de Atenas.

info infográfico líbia infromações sobre o país
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Foto: AFP

Em Atenas, os brasileiros embarcam em um voo fretado pela Queiroz Galvão até São Paulo. O Itamaraty, no entanto, não soube precisar o horário de chegada do avião em solo brasileiro.

Os brasileiros receberão uma autorização especial de retorno ao Brasil da embaixada brasileira na Grécia, já que os passaportes ficaram retidos na Líbia. Aquele país exige um visto de saída, que foi dispensado por conta da situação no local.

Líbios enfrentam repressão e desafiam Kadafi

Impulsionada pela derrocada dos presidentes da Tunísia e do Egito, a população da Líbia iniciou protestos contra o líder Muammar Kadafi, que comanda o país desde 1969. As manifestações começaram a tomar vulto no dia 17 de fevereiro, e, em poucos dias, ao menos a capital Trípoli e as cidades de Benghazi e Tobruk já haviam se tornado palco de confrontos entre manifestantes e o exército.

Os relatos vindos do país não são precisos, mas tudo leva a crer que a onda de protestos nas ruas líbias já é bem mais violenta do que as que derrubaram o tunisiano Ben Ali e o egípcio Mubarak. A população tem enfrentado uma dura repressão das forças armadas comandas por Kadafi. Há informações de que Força Aérea líbia teria bombardeado grupos de manifestantes em Trípoli. Estima-se que centenas de pessoas, entre manifestantes e policiais, tenham morrido.

Além da repressão, o governo líbio reagiu através dos pronunciamentos de Saif al-Islam , filho de Kadafi, que foi à TV acusar os protestos de um complô para dividir a Líbia, e do próprio Kadafi, que, também pela televisão, esbravejou durante mais de uma hora, xingando os contestadores de suas quatro décadas de governo centralizado e ameaçando-os de morte.

Além do clamor das ruas, a pressão política também cresce contra o coronel Kadafi. Internamente, um ministro líbio renuncioue pediu que as Forças Armadas se unissem à população. Vários embaixadores líbiostambém pediram renúncia ou, ao menos, teceram duras críticas à repressão. Além disso, o Conselho de Segurança das Nações Unidas fez reuniões emergenciais, nas quais responsabilizou Kadafi pelas mortes e indicou que a chacina na Líbia pode configurar um crime contra a humanidade.

Fonte: Terra
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