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Europa

Ucrânia: Rússia confirma retirada de forças; EUA elogiam

Na sexta-feira passada, durante conversa telefônica com Putin, Barack Obama, pediu que o líder russo a retirasse as tropas destacadas ao longo da fronteira com a Ucrânia

31 mar 2014 - 16h25
(atualizado às 16h25)
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<p>Soldado russo perto de tanques ucranianos em vagões de carga, antes da partida da Crimea para outras regiões da Ucrânia, perto da cidade de Simferopol, em 31 de março</p>
Soldado russo perto de tanques ucranianos em vagões de carga, antes da partida da Crimea para outras regiões da Ucrânia, perto da cidade de Simferopol, em 31 de março
Foto: Reuters

A Rússia anunciou hoje a retirada de forças militares destacadas na fronteira com a Ucrânia, dias depois de Washington ter pedido ao presidente russo, Vladimir Putin, para retirar as tropas e aliviar a tensão na área.

O Ministério da Defesa russo informou que o 15º batalhão abandonou hoje o polígono (terreno destinado ao exercício de tiro e manobras da artilharia) de Kadamovski, na região de Rostov del Don, na fronteira com a Ucrânia, e dirigiu-se para a base de destacamento regular em Samara, localizada a mais de 1 mil quilômetros da fronteira.

O ministério precisou que o batalhão fez durante as últimas semanas em Rostov vários exercícios, incluindo exercícios de tiro, explorações e outras táticas militares.

Algumas horas antes deste anúncio, o Ministério da Defesa ucraniano informou que tinha indicações de que as forças russas estavam saindo gradualmente da zona fronteiriça com a Ucrânia, sem especificar, no entanto, o número de militares envolvidos na possível retirada.

"Nos últimos dias, as forças russas estão se retirando gradualmente da zona da fronteira", afirmou o porta-voz do ministério ucraniano, Oleksiy Dmytrashkivskiy.

Outra fonte ucraniana indicou hoje que cerca de 10 mil soldados russos ainda permaneciam perto da fronteira.

Segundo os serviços secretos norte-americanos, Moscou tinha mobilizado para as regiões russas de Rostov no Don, Kursk e Bélgorod, que fazem fronteira com a Ucrânia, mais de 30 mil soldados, mas também blindados e meios aéreos.

Dados divulgados pelas autoridades de Kiev davam conta que quase 100 mil soldados russos, equipados com blindados, lança-mísseis, aviões e helicópteros, estavam na semana passada na fronteira com a Ucrânia à espera de ordens de Vladimir Putin.

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Estas informações aumentaram os temores ucranianos sobre uma possível invasão das regiões orientais russófonas do país, depois do processo de anexação da República Autônoma da Crimeia.

Na sexta-feira passada, durante uma conversa telefônica com Putin, o presidente norte-americano, Barack Obama, exortou o líder russo a retirar as tropas destacadas ao longo da fronteira com a Ucrânia.

No dia seguinte, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, negou que Moscou tivesse planos para invadir o território ucraniano.

Estados Unidos

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira que qualquer movimento de retirada do exército russo da fronteira com a Ucrânia será bem-vindo, mas não confirmou que esta suposta retirada esteja acontecendo no momento.

"Se forem certas as informações sobre a retirada da Rússia da região fronteiriça serão bem-vindas como uma etapa preliminar", afirmou o porta-voz do departamento de Estado Jen Psaki.

"Insistimos que a Rússia acelere o processo", acrescentou, assinalando que os Estados Unidos pedem o respeito de Moscou à integridade territorial da Ucrânia.

Com informações da Agência Brasil e AFP.

Fonte: Terra
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