Negociações de paz sobre a Ucrânia são canceladas
Enquanto isso, bombas provocaram a morte de ao menos seis pessoas em um centro cultural e um bonde em Donetsk
Um representante dos separatistas pró-russos do leste da Ucrânia informou nesta sexta-feira que a nova rodada de negociações sobre a crise ucraniana prevista em Minsk foi cancelada porque os representantes de Kiev não compareceram ao encontro.
"O ministro das Relações Exteriores de Belarus confirmou hoje que os representantes de Kiev não comparecerão, por isso as negociações foram canceladas", declarou o enviado dos separatistas, Denis Pushilin.
Na véspera, a chancelaria da Belarus anunciou que o grupo de contato formado por representantes da Ucrânia, Rússia e a OSCE se reuniriam nesta sexta-feira, em Minsk, para uma nova rodada de negociações de paz.
O comunicado da véspera não havia especificado se também participariam os separatistas pró-russos.
Ataques em Donetsk
Bombas atingiram um centro cultural e um bonde na cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, nesta sexta-feira, matando pelo menos seis pessoas, relataram jornalistas da Reuters na localidade.
Um cinegrafista viu quatro corpos cobertos perto do centro cultural e um quinto cadáver em um carro seriamente danificado nas proximidades. Uma mulher chorava junto a um dos corpos. Em outro local, ele viu um sexto cadáver próximo de um bonde avariado.
O governo separatista da cidade afirmou que pelo menos sete pessoas foram mortas – cinco no ataque ao centro cultural e pelo menos duas outras quando um projétil de artilharia atingiu o bonde, a pouco mais de um quilômetro de distância.
A semana passada teve os piores combates no leste ucraniano desde a adoção de um cessar-fogo cinco meses atrás.
Não houve comentário de imediato dos militares da capital Kiev sobre os atentados, ocorridos em meio aos preparativos para uma reunião do chamado “grupo de contato” entre representantes da Ucrânia, da Rússia, dos líderes rebeldes e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Mais de cinco mil pessoas já morreram desde que o conflito irrompeu em abril passado, quando forças do governo entraram em confronto com rebeldes apoiados por Moscou que declararam suas próprias “repúblicas populares” no leste.
Com informações da AFP e Reuters.
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