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Europa

Austrália enviará mais 100 policiais e tropas para Ucrânia

Homens se juntarão à força de segurança comandada pela Holanda que garante a segurança do local da queda do voo MH17

25 jul 2014 - 12h03
(atualizado às 12h28)
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<p>Primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, participa de missa em memória aos mortos no avião da Malaysia Airlines em Sydney, em 20 de julho</p>
Primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, participa de missa em memória aos mortos no avião da Malaysia Airlines em Sydney, em 20 de julho
Foto: David Gray / Reuters

A Austrália enviará à Europa 100 policiais adicionais e alguns oficiais de defesa para integrarem uma força de segurança liderada pela Holanda que têm como objetivo garantir a segurança do local da queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, afirmou o primeiro-ministro Tony Abbott nesta sexta-feira.

Oficiais da Polícia Federal Australiana (AFP, na sigla em inglês), alguns deles armados, se unirão a um contingente de outros 90 policiais da AFP que já estão em Londres, esperando por um acordo com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, ser aprovado pelo Parlamento da Ucrânia,

“Esta é uma missão humanitária, com um objetivo simples e claro”, disse Abbott a repórteres. “Eu espero que a operação em solo na Ucrânia, caso seja aprovada, não dure mais do que algumas semanas."

Na terça-feira, Abbott disse que os rebeldes apoiados pela Rússia, que controlam a área ao redor da queda do avião, estavam manipulando as provas e argumentou que polícia e forças militares estrangeiras eram necessárias para garantir que isso não continuasse.

Reforço holandês

O Ministério de Defesa holandês confirmou nesta sexta-feira que 40 policiais nacionais viajarão para a Ucrânia para participar da busca por mais restos das vítimas da tragédia aérea ocorrida há uma semana.

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, que compareceu de manhã perante o comitê de Relações Exteriores do parlamento, disse aos deputados que o governo ia enviar 40 policiais nacionais não armados e 23 especialistas legistas ao local do desastre para participar junto à equipe legista ali desdobrada na busca por mais restos.

A polícia acrescentou que os investigadores "querem ter o retrato do cenário onde ocorreu o desastre antes, durante e depois" do derrubamento supostamente por um míssil do voo MH17, operado pela Malaysia Airlines, e com 298 pessoas a bordo quando sobrevoava território ucraniano controlado por separatistas pró-russos.

A polícia holandesa considera que ter imagens recentes do marco zero do desastre pode ajudar a reconstruir o cenário, por isso que divulgou esta chamada, além de em holandês, nos idiomas russo e ucraniano.

Dois aviões militares da Holanda e Austrália, os dois países com mais vítimas nessa tragédia aérea ocorrida há uma semana e que tirou a vida de 193 holandeses, começaram na quarta-feira a transportar os restos das vítimas desde o aeroporto de Kharkiv, sob controle da Ucrânia.

Os aviões que saíram nesta manhã desse aeroporto chegaram já à base aérea de Eindhoven com outros 75 caixões, onde foram recebidos pelo ministro das Finanças, Jeroen Dijsselbloem, e o secretário de Estado de Justiça, Fred Teeven.

Está previsto que o último voo para transferir os restos das vítimas saia amanhã do aeroporto ucraniano de Kharkov.

O Boeing 777 foi abatido na semana passada no leste da Ucrânia em rota de Amsterdã para Kuala Lumpur, matando 298 passageiros e tripulantes a bordo. Vinte e oito australianos foram mortos.

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Foto: Arte Terra

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