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Estados Unidos

Em meio a incertezas, Pentágono afirma que Kadafi segue na Líbia

22 ago 2011 - 12h31
(atualizado às 13h57)
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O líder líbio Muammar Kadafi, que enfrenta a chegada das tropas rebeldes à capital, Trípoli, ainda está na Líbia, afirmou nesta segunda-feira o porta-voz do Pentágono, o coronel David Lapan. "Pensamos que segue no país. Não temos informações de que tenha abandonado o país", declarou Lapan a jornalistas.

Rebeldes líbios brandem suas armas durante celebração pela tomada de Trípoli
Rebeldes líbios brandem suas armas durante celebração pela tomada de Trípoli
Foto: Reuters

Lapan também informou que os Estados Unidos não planejam enviar forças terrestres para a Líbia em ajuda a quaisquer operações internacionais envolvendo forças de paz, depois da queda do líder líbio, Muammar Kadafi. Segundo ele, as operações de vigilância dos EUA sobre a Líbia, como parte da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), devem continuar nos próximos dias.

No fim de semana, os rebeldes conseguiram avançar sobre a capital líbia, principal bastião das forças de Kadafi. De acordo com os últimos relatos, 95% de Trípoli já se encontram sob domínio da oposição. Kadafi poderia estar no quartel-general do governo, mas há dúvidas de que esteja na capital ou mesmo no país. É de Trípoli que Kadafi comanada a ação contra os rebeldes, iniciada há aproximadamente um semestre no oeste do país, na cidade de Benghazi.

Com Kadafi em xeque, as potências internacionais seguem pressionando pelo fim do massacra e pela desistência do ditador. Enquanto isso, o próprio Conselho Nacional de Transição, em uma coletiva nesta segunda-feira em Benghazi, declarou que a "era Kadafi" já chegou ao fim.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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