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Distúrbios no Mundo Árabe

Rei da Arábia Saudita expressa apoio ao presidente do Egito

29 jan 2011 - 09h35
(atualizado às 11h19)
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O rei Abdullah, da Arábia Saudita, expressou neste sábado seu apoio ao presidente egípcio Hosni Mubarak, que há cinco dias enfrenta violentos protestos exigindo sua saída, segundo a agência oficial SPA.

O presidente egípcio afirmou que estava comprometido com reformas políticas e econômicas e disposto a garantir a estabilidade do país
O presidente egípcio afirmou que estava comprometido com reformas políticas e econômicas e disposto a garantir a estabilidade do país
Foto: AP

O rei saudita, que está no Marrocos recuperando-se de uma cirurgia na coluna realizada nos Estados Unidos, condenou aqueles que "bagunçam" a segurança e a estabilidade do Egito. Abdullah telefonou na manhã deste sábado para Mubarak.

Durante a conversa, o rei denunciou "intrusos" que estariam "bagunçando a segurança e a estabilidade do Egito em nome da liberdade de expressão". A Arábia Saudita "apoia com todos os seus recursos o governo e o povo do Egito", disse Abdullah.

Egípcios desafiam governo Mubarak

A onda de protestos dos egípcios contra o governo do presidente Hosni Mubarak, iniciados no dia 25 de janeiro, tomou nova dimensão na última sexta-feira. O governo havia tentado impedir a mobilização popular cortando o sinal da internet no país, mas a medida não surtiu efeito. No início do dia dia, dois mil egípcios participaram de uma oração com o líder oposicionista Mohama ElBaradei, que acabou sendo temporariamente detido e impedido de se manifestar.

Os protestos tomaram corpo, com dezenas de milhares de manifestantes saindo às ruas das principais cidades do país - Cairo, Alexandria e Suez. Mubarak enviou tanques às ruas e anunciou um toque de recolher, o qual acabou virtualmente ignorado pela população. Os confrontos com a polícia aumentaram, e a sede do governista Partido Nacional Democrático foi incendiada.

Já na madrugada de sábado (horário local), Mubarak fez um pronunciamento à nação no qual ele disse que não renunciaria, mas que um novo governo seria formado em busca de "reformas democráticas". Defendeu a repressão da polícia aos manifestantes e disse que existe uma linha muito tênue entre a liberdade e o caos. A declaração do líder egípcio foi seguida de um pronunciamento de Barack Obama, que pediu a Mubarak que fizesse valer sua promessa de democracia.



AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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