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Mundo

Rebeldes esperam batalha feroz para tomar complexo de Kadafi

22 ago 2011 - 19h51
(atualizado às 20h26)
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A batalha para tomar o controle do principal complexo de Muammar Kadafi em Trípoli será feroz, mas qualquer um que estiver do lado de dentro tem pouca chance de escapar, disse um porta-voz dos rebeldes à televisão Al Jazeera nesta segunda-feira.

Rebelde combate durante enfrentamento em centro de treinamento militar para mulheres na capital líbia
Rebelde combate durante enfrentamento em centro de treinamento militar para mulheres na capital líbia
Foto: Reuters

"Eu não imagino que o complexo de Bab Al-Aziziyah irá cair facilmente e acredito que vai acontecer uma batalha feroz", disse Abdel Hafiz Goga, porta-voz do Conselho Nacional de Transição da Líbia, em entrevista. "Os rebeldes estão montando postos de checagem nas entradas de Trípoli e eu não acho que ele (Mohammad, um dos filhos de Muammar Kadafi) conseguirá escapar de Trípoli, e o mesmo se aplica ao coronel Kadafi", disse ele.

O paradeiro do veterano líder líbio é desconhecido depois que os rebeldes assumiram o controle de praticamente toda a capital. Mohammad, o filho mais velho de Kadafi, fugiu nesta segunda-feira de sua residência em Trípoli após ter sido cercado por forças rebeldes. Os outros dois filhos de Kadafi permanecem sob custódia.

O imenso complexo de Kadafi em Trípoli, que inclui acampamentos militares, tem sido alvo de bombardeios aéreos da Otan nas últimas semanas, mas os rebeldes disseram nesta segunda-feira que o local permanece fortemente protegido por tanques e atiradores de elite.

Bab Al-Aziziya foi alvo de um bombardeio norte-americano em 1986 que o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, definiu como resposta ao que chamou de cumplicidade líbia no ataque a um clube noturno de Berlim.

Um correspondente da Al Jazeera em Trípoli disse ao vivo que a situação na cidade era aparentemente calma na noite de segunda-feira, mas havia disparos ocasionais e poucas pessoas nas ruas.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

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