EUA enviam bombas de água ao Japão e reposicionam seus navios
16 mar2011 - 12h21
(atualizado às 13h40)
Compartilhar
Os Estados Unidos doarão bombas de água de alta pressão às autoridades japonesas para irrigar os reatores da central nuclear de Fukushima, anunciou nesta quarta-feira o exército americano.
Uma quantidade não detalhada de bombas de alta pressão, que foram entregues durante a noite de terça-feira na base americana de Yokosuka, na baía de Tóquio, serão enviadas à base americana de Yokota, oeste da capital, onde serão repassadas às autoridades japonesas, anunciou o comando americano no Pacífico em um comunicado.
O Pentágono limitou-se por ora a proporcionar apoio logístico para paliar a situação na usina nuclear de Fukushima. Repassou no início da semana dois caminhões-cisternas às autoridades japonesas para combater um incêndio no reator 4.
Os Estados Unidos, que têm posicionado no Japão um contingente de 38 mil soldados e 11 mil a bordo de navios militares, possuem atualmente oito navios na zona, dos quais um é o porta-aviões Ronald Reagan, a leste da ilha de Honshu, a principal do arquipélago.
As emanações radioativas da usina de Fukushima levaram os navios americanos a serem reposicionados. Seus helicópteros entregaram até o momento 33 toneladas de alimentos, água, leite, roupa, cobertores e medicamentos às vítimas do terremoto e do tsunami, segundo o exército americano.
Outros três navios americanos, entre eles o navio de assalto anfíbio Essex, um porta-helicópteros, transportam 2,2 mil marines e seguem rumo ao Japão.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 3,3 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.