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Mundo

Rebeldes afirmam que dominam Trípoli, menos quartel de Kadafi

21 ago 2011 - 20h12
(atualizado às 23h56)
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Os rebeldes já têm controle sobre toda a cidade de Trípoli, menos Bab al-Aziziya, onde fica o quartel do líder líbio, Muammar Kadafi, disse um membro do opositor Conselho Nacional de Transição, Fathi Benjalifa.

Rebeldes comemoram a tomada da cidade na Praça Verde, local símbolo da resistência de Kadafi
Rebeldes comemoram a tomada da cidade na Praça Verde, local símbolo da resistência de Kadafi
Foto: Reuters

Imagens da Sky News mostram rebeldes na praça Verde, onde comemoram a invasão da cidade. Kadafi convocou em áudio ao moradores da cidade que saiam à rua e defendam a cidade da "invasão imperialista".

Segundo o governo, o líder está preparado para negociar diretamente com os rebeldes por um cessar-fogo. Segundo o conselho de transição, a pausa no conflito pode ocorrer, mas se Kadafi deixar o país.

TVs e agências internacionais noticiam que dois filhos de Kadafi foram capturados e um terceiro se rendeu, assim como a guarda pessoal do coronel.

O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno-Ocampo, confirmou nesta segunda-feira (no horário local) a prisão de Seif al-Islam, um dos filhos do coronel, que tem contra si um mandado de prisão do TPI para crimes contra a Humanidade cometidos na Líbia. "Recebi informações confidenciais segundo as quais ele foi preso", declarou Moreno-Ocampo.

Segundo o porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, mais de 1,6 mil pessoas morreram durante o conflito na capital neste fim de semana. Ibrahim falava que um "massacre pode ocorrer na cidade" e um desastre humanitário é iminente.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

EFE   
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