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África

Presidente declara estado de emergência por distúrbios no Egito

27 jan 2013 - 18h19
(atualizado às 19h55)
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O presidente do Egito, Mohammed Mursi, ordenou neste domingo o toque de recolher e o estado de emergência por 30 dias nas províncias de Port Said, Suez e Ismailiya, que são palco de confrontos recentes e explosão de violência.

Em pronunciamento transmitido pela TV, o presidente Mursi decretou estado de emergência
Em pronunciamento transmitido pela TV, o presidente Mursi decretou estado de emergência
Foto: AFP

Justiça indica pena de morte para 21 acusados de massacre

Egito: 31 morrem em confrontos nas imediações de prisão

Veja fotos dos confrontos que já mataram dezenas

Em mensagem divulgada pela emissora de televisão estatal, Mursi ainda convocou as forças políticas egípcias para uma reunião de diálogo, como tentativa de tirar o país da crítica situação atual. Desde sexta-feira, as três províncias, localizadas no nordeste do país, têm sido palco de confrontos entre manifestantes e forças de segurança.

O chefe de estado anunciou que o toque de recolher nessas três províncias estará vigente às 21h e às 6h (horário local). "Sempre fui contra essas medidas excepcionais, mas me vi obrigado a tomá-las", explicou Mursi.

Hoje, pelo menos sete pessoas morreram e outras 630 ficaram feridas em Port Said, em enfrentamentos que explodiram durante os funerais de mais de 30 pessoas. Os corpos eram de envolvidos em atos violentos desdobrados pelo anúncio de que a justiça do país sentenciou a pena de morte, 21 acusados de participar do massacre em um estádio de futebol, no ano passado.

Mursi expressou seu pesar por todos os mortos e apelou para que todos os grupos respeitem as sentenças judiciais, "porque não vão contra um setor ou estão a favor de outro". O presidente também pediu para que cessem os conflitos.

"Dei ordens ao Ministério do Interior para que trate com firmeza e força os que intimidam o povo, portam armas, bloqueiam ruas, lançam pedras, atacam instituições e as forças de segurança", disse.

Segundo o artigo 148 da nova Constituição, Mursi deve apresentar a declaração de emergência a Câmara Baixa do Parlamento, que se encontra dissolvida. Com isso, a Câmara Alta é que vai avaliar o pedido. No Egito, o estado de emergência não pode durar mais de seis meses.

EFE   
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