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Futebol Internacional

Egito: 31 morrem em confrontos nas imediações de prisão

Egito: sobe para 31 o nº de mortos em confrontos perto de prisão

26 jan 2013 - 07h52
(atualizado em 27/1/2013 às 18h58)
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Chegou a 31 o número de mortos neste sábado nos enfrentamentos nas imediações da prisão de Port Said, segundo informaram fontes médicas à EFE. A lista de vítimas inclui um jogador e um ex-atleta de futebol. O responsável pelo Ministério da Saúde na província de Port Said, Helmy al Atni, informou, além disso, que mais de 300 pessoas ficaram feridas. 

Após a notícia das condenações, parentes dos condenados tentaram invadir a prisão em Port Said, no Egito
Após a notícia das condenações, parentes dos condenados tentaram invadir a prisão em Port Said, no Egito
Foto: AFP

Entre os mortos também há dois policiais responsáveis pela segurança da prisão de Port Said, no Egito, vítimas de disparos de armas de fogo quando familiares dos acusados pelo massacre no estádio local tentaram invadir a penitenciária, informou um porta-voz do Ministério do Interior. Os oficiais da Segurança Central, encarregada de proteger os edifícios públicos, morreram quando um grupo se dirigiu à prisão na tentativa de libertar os detidos e abriu fogo e lançou coquetéis molotov contra os policiais, explicou o general Osama Ismail à televisão estatal.

O jogador Mohammed al Dadui, que joga em um clube da segunda divisão egípcia, e o ex-goleiro da equipe Al Masry, Tamer al Fahla, que conquistou a Copa do Egito de 1998, estão entre os mortos, segundo a agência oficial Mena.

O diretor do departamento de hospitais de Port Said, Abderrahman Farah, explicou que todas vítimas fatais morreram baleadas, com exceção de dois, que tiveram hemorragias internas. A maioria dos feridos já chegou sem vida aos hospitais da cidade, afirmou Farah, que acrescentou que as vítimas apresentavam "além de disparos de balas, fraturas e cortes em partes do corpo". Todas as mortes ocorreram nos choques entre as forças de segurança e os manifestantes nos arredores da prisão.

Pena de morte

Neste sábado, a Justiça egípcia recomendou pena de morte a 21 dos acusados do massacre de Port Said, em 1° de fevereiro do ano passado, quando 74 pessoas morream e 254 ficaram feridas no enfrentamento de torcedores do clube local, Al Masry, e do Al Ahly, do Cairo, o mais popular do país. O presidente do tribunal ordenou a transferência dos processos dos 21 acusados ao mufti da República, para que então a máxima autoridade religiosa do país dite sua opinião sobre a execução dos acusados.

A corte ordenou, além disso, que os 50 acusados restantes do caso permaneçam presos até a sentença definitiva. No dia 9 de março, o presidente do tribunal divulgará a sentença para os outros 52 acusados, entre eles nove policiais, julgados desde abril de 2012 por sua suposta responsabilidade nestes anos.

Do lado de fora do tribunal, torcedores do Al Ahly comemoravam a decisão, e em frente ao estádio do clube, no bairro Zamalek, também houve forte manifestação dos fãs do time.

Exército

Além da prisão, as delegacias de polícia de Al-Sharq e Al-Arab, em Port Said, também foram atacadas, informou um correspondente da AFP, que assegurou que no bairro de Al-Manakh eram ouvidos fortes disparos.

O Exército enviou tropas e veículos blindadospara a cidade para tentar "reestabelecer a calma e a estabilidade na cidade de Port Said e proteger as instalações públicas", indicou Ahmed Wasfi, general do Estado-Maior, à agência oficial Mena. Esta é a segunda cidade para onde foram enviadas nas últimas horas unidades das Forças Armadas. Na manhã de hoje, soldados chegaram em Suez, onde ontem à noite ocorreram graves distúrbios, nos quais morreram nove pessoas.

Com informações da EFE e da AFP

Fonte: Terra
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