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África

Golpe militar destitui Mohamed Mursi e suspende Constituição do Egito

O general Abdel Fattah al-Sisi foi à TV dizer que as Forças Armadas responderam aos anseios do povo: Constituição está suspensa e eleições devem ser anunciadas para breve; Mursi ficou um ano no poder

3 jul 2013 - 16h05
(atualizado em 4/12/2013 às 15h25)
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Projeção em um prédio junto à praça Tahrir anuncia o fim do governo de Mursi: "game over"
Projeção em um prédio junto à praça Tahrir anuncia o fim do governo de Mursi: "game over"
Foto: AFP

Mohamed Mursi não é mais o presidente do Egito. O general das Forças Armadas do Egito,  Abdel Fattah al-Sisi, disse nesta quarta-feira, em rede nacional de TV, que o líder islamita não respondeu aos anseios da população e o exército sentiu a necessidade de servir ao povo, afirmando que os militares não "podiam ficar em silêncio" diante do que acontecia no país. Em seguida, anunciou que a Constituição do país está suspensa e que em breve serão convocadas eleições gerais. Enquanto isso, o presidente do Tribunal Constitucional Supremo assumirá provisoriamente a presidência. 

<p>General Sisi fala à nação em rede nacional de TV</p>
General Sisi fala à nação em rede nacional de TV
Foto: AFP

"As Forças Armadas consideram que o povo do Egito está nos pedindo apoio, não para tomar o poder ou governar, mas servir ao interesse público e proteger a revolução. Essa é a mensagem que os militares receberam de todos os cantos do Egito", afirmou Sisi.

Logo após o pronunciamento, Mursi, disse, em seu perfil no Facebook, que as "medidas anunciadas pelas Forças Armadas representam um golpe militar rejeitado por todos os homens livres da nação". No Twitter oficial da presidência, o líder deposto pediu que os egípcios não aceitem o golpe, mas que resistam pacificamente para evitar o derramamento de sangue.

Presidente do Egito é deposto e multidão comemora:

Logo após o anúncio, as milhares de pessoas reunidas na praça Tahrir - símbolo da revolução de 2011 que derrubou a ditadura de Hosni Mubarak - explodiram em festa. Fogos de artifício iluminaram o céu no centro do Cairo e em toda a capital egípcia. "O povo e o Exército estão do mesmo lado", gritaram os manifestantes na praça, em meio ao barulho das buzinas e cânticos, segundo uma testemunha ouvida pela agência Reuters.

No bairro de Nasr City, onde milhares de partidários de Mursi o apoiavam, reinou o silêncio. Informações dão conta de que soldados e veículos militares cercavam o local para evitar enfrentamentos com manifestantes opositores, reunidos principalmente na praça Tahrir. Em comunicado, o exército disse que não toleraria a violência. O canal de TV da Irmandade Muçulmana, grupo do ex-presidente, saiu do ar após o pronunciamento do general. 

Reuniões e tensão antes do pronunciamento

O general Sisi falou ao país depois de se reunir com o xeque da instituição islâmica de Al-Azhar, Ahmed al Tayyip, o papa copta, Teodoro II, o representante da oposição e vencedor do prêmio Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, e jovens do movimento Tamarrud. O plano para tirar o Egito da crise inclui passos para administrar o país durante uma breve etapa interina, que será seguida por eleições.

Um pouco antes do anúncio, um assessor direto do presidente havia dito que o país estava vivendo um golpe militar, e que isso precisava ficar claro para a história do Egito. Mursi, por sua vez, resistiu até o final. No final da tarde (horário local), lançou sua última cartada ao propor um governo de coalizão ao mesmo tempo em que denunciou a falta de diálogo da oposição. Quando sua queda era iminente, disse que não aceitaria uma renúncia humilhante.

Ontem, em um discurso televisionado, Mursi defendeu ontem sua legitimidade democrática e pediu ao exército que retirasse seu ultimato. O presidente pediu aos egípcios para se afastarem dos remanescentes do anterior regime de Hosni Mubarak e evitar o derramamento de sangue entre eles, e afirmou estar disposto a sacrificar sua vida pelo país.

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Fonte: Terra
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