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África

Egito: sob ultimato, Mursi defende legitimidade e nega renúncia

Presidente egípcio eleito há pouco mais de um ano e alvo de contestação em massa reiterou a legitimidade de seu mandato que prometeu cumprir até o fim com o próprio sangue: "o povo me escolheu", resumiu

2 jul 2013 - 19h10
(atualizado às 21h29)
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O presidente do Egito, Mohamed Mursi, discursa à nação em meio à crise política: defesa da legitimidade do mandato
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, discursa à nação em meio à crise política: defesa da legitimidade do mandato
Foto: AP

Mursi alega legitimidade e pede que Exército retire ultimato:

Em discurso à nação nesta terça-feira, o presidente egípcio, Mohamed Mursi, anunciou a formação de um governo de união nacional e de um comitê para emendar a Constituição do país. Com palavras dirigidas à nação dividida numa crise política que ameaça a continuidade de seu governo, Mursi defendeu inúmeras vezes a "legitimidade" do seu governo, defendeu que não há substituto legal para o cargo de presidente e garantiu que, à revelia da pressão das multidões que pedem sua renúncia, não deixará o cargo para o qual foi eleito.

"O povo me escolheu em eleições livres e justas", discursou Mursi. Ele acrescentou que "continuará a assumir a responsabilidade" do país e que "não há alternativa à legitimidade". Ele afirmou estar preparado para "dar sua vida" para proteger esta condição, que vê como a "a única garantia contra o derramamento de sangue".

O incisivo pronunciamento de Mursi, no qual o mandatário egípcio prometeu defender a nação com seu "sangue", chega em um momento de alta instabilidade política no país. As ruas do Cairo estão há dias tomadas por uma multidão que pede sua renúncia pouco mais de um ano depois de sua eleição. Aliando-se aos manifestantes, o Exército pressionou Mursi com ultimato de 48 horas para que "ouça as vozes das ruas".

Novos confrontos eclodiram na Praça Tahrir, cerne das demonstrações no Cairo, após o discurso de Mursi, com relatos de casos vítimas fatais. Ao menos sete pessoas já haviam morrido ao longo do dia em confrontos de manifestantes com as forças de segurança, aumentando as cifras das vítimas dos dias anteriores. 

Com informações das agências internacionais.

Fonte: Terra
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