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Para especialista, período é adequado ao reinício das aulas

16 ago 2009 - 08h59
(atualizado às 21h00)
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Favorável ao polêmico adiamento do retorno às aulas após as férias de julho por causa da gripe suína, a infectologista do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, Denise Brandão, acredita que a retomada das atividades na próxima segunda-feira é adequada. Para ela, com a proximidade do fim do inverno, o número de casos de contaminação com o vírus H1N1 tende a reduzir no País.

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Ao garantir que a volta dos alunos na próxima semana é uma decisão responsável, a infectologista aposta na queda histórica dos casos da gripe comum a partir do fim de agosto. "Precisamos levar em consideração que o clima na maioria desses Estados que optaram por postergar as aulas tende a esquentar, o que diminui o risco de contágio. Por isso, não há mais motivo para esses estudantes ficarem em casa", afirma.

Mesmo com a tendência de queda no número de doentes, a médica admite que o risco de contágio ainda persiste. Contudo, segundo ela, o retorno das aulas só foi definido após o compromisso de que as escolas tomarão medidas adequadas contra o vírus. "Claro que o vírus continua circulando e ainda existe a possibilidade de contaminação. Podem surgir novos casos, mas o risco de contágio é muito menor pelas nossas previsões", diz.

Isolamento de alunos com sintomas

Presente nos manuais de recomendação distribuídos pelas secretarias de Educação, a orientação de retirar alunos com sintomas de gripe é defendida pela infectologista. "Claro que há uma situação de constrangimento. Mas, neste caso, precisamos evitar surtos. Por isso, é uma medida válida, desde que feita de forma correta e respeitosamente por professores e funcionários dos colégios", ressalva.

De acordo com Denise, nessas situações, o estudante precisa permanecer em casa por pelo menos sete dias, independente da melhora dos sintomas. "Isso se a criança ou adolescente apresentar sintomas em sala de aula. Se já estiver gripado, a orientação é de que fique mais uns dias em casa, sem voltar à escola na próxima segunda", recomenda.

Férias prorrogadas a 13 milhões de alunos

Com a decisão de prorrogar o tradicional recesso de julho nas instituições educacionais, tomada por secretarias de Saúde e Educação do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, cerca de 13 milhões de estudantes permaneceram em casa por pelo menos duas semanas a mais. As aulas perdidas, segundo os órgãos de educação, deverão ser recuperadas conforme o calendário de cada colégio. Contudo, a maioria deverá utilizar os sábados.

Fonte: Redação Terra
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