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Gripe suína: 13 milhões voltam às aulas; veja as orientações

16 ago 2009 - 08h59
(atualizado às 20h59)
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Às vésperas de retornar à sala de aula após um período de férias prolongado por causa da gripe suína, a estudante gaúcha Valentina Duque, 12 anos, está ansiosa para reencontrar os colegas, porém preocupada. "Estou feliz por voltar à escola, mas, por outro lado, um pouco apreensiva com essa nova gripe", admite. Assim como ela, outros 13 milhões de alunos das redes pública e privada de quatro estados brasileiros retomam as atividades na próxima segunda-feira com receio do risco de contaminação do vírus H1N1.

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Ao voltar às instituições de ensino, grande parte dos estudantes encontrará uma realidade distinta daquela de julho, antes de sair de férias. Por recomendação do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais, colégios deverão orientar os estudantes sobre os cuidados com a higiene, manter as salas ventiladas, reforçar a limpeza dos ambientes e evitar atividades com concentração de várias turmas em locais como ginásios e anfiteatros - pelo menos pelas próximas semanas.

No Rio de Janeiro, onde 2,4 milhões de estudantes retomam as aulas, a secretaria estadual de Educação distribuiu mais de 20 mil cartilhas às escolas com informações sobre sintomas e transmissão da gripe suína . "Para evitar o uso dos mesmos recipientes entre os estudantes, encaminhamos 176 milhões de copos destacáveis, o suficiente para dois meses de uso", afirma a secretária Tereza Porto.

Para os professores, a recomendação é ficar em alerta e afastar imediatamente alunos que apresentarem sintomas de gripe. Eles devem permanecer em casa por pelo menos sete dias, segundo a infectologista Denise Brandão de Assis, diretora da divisão de infecção hospitalar do Estado de São Paulo, onde 7,1 milhões de alunos das redes privada e particular voltam às atividades na segunda-feira. "Mesmo com melhora nos sintomas, esses estudantes precisam passar esse tempo em casa, que é o período de transmissibilidade do vírus. Eles também devem evitar visitas de colegas", reforça.

No Paraná, onde as o retorno dos mais de 2 milhões de alunos foi adiado por duas vezes, as escolas terão auxílio de um profissional para monitorar e orientar os estudantes, os chamados "Cuidadores da Gripe". "Eles (os profissionais) têm formação específica e kits para fazer as primeiras intervenções necessárias. Caso seja detectado aluno com suspeita, o 'cuidador' vai encaminhá-lo para casa, orientar a família e avisar os agentes de saúde locais", diz a secretária estadual de Educação, Yvelise Arco-Verde.

Além de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, 1,8 milhão de estudantes do Rio Grande do Sul e 502 mil do Distrito Federal voltam às aulas nesta segunda-feira.

As precauções contra a gripe suína na escola

Com o auxílio do Ministério da Saúde e das secretarias dos quatro Estados cujo retorno das aulas foi adiado por causa da gripe suína, o Terra reuniu as principais dicas para estudantes, pais, professores e escolas. Além de medidas de higiene pessoal, procedimentos como a limpeza das escolas várias vezes ao dia podem impedir a disseminação do vírus H1N1 entre alunos. Veja as orientações abaixo.

Orientações a alunos, professores e funcionários

- Higienizar as mãos com água e sabonete/sabão antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz;

- Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies como mesas, telefone, maçanetas e materiais escolares;

- Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e o nariz ao tossir ou espirrar - procedimento conhecido como "etiqueta respiratória". Na impossibilidade de serem usados lenços, médicos recomendam proteger a face junto à dobra do cotovelo ao tossir ou espirrar;

- Crianças e adolescentes não devem compartilhar objetos - nem durante as aulas, nem nos intervalos, principalmente talheres e copos;

- Alunos, professores e funcionários com síndrome gripal devem ser retirados de sala de aula e encaminhados para atendimento médico;

- Aqueles com sintomas devem permanecer por pelo menos sete dias em casa;

- Atividades que reúnam várias turmas em ambientes como ginásios, anfiteatros e laboratórios devem ser evitadas.

Medidas recomendadas às escolas

- Se possível, instalar lixeiras para o descarte de lenços e lixo - com acionamento por pedal, preferencialmente;

- Disponibilizar condições para higienização simples das mãos: lavatório/pia com dispensador de sabonete líquido, suporte para papel toalha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato manual;

- Instalar, se possível, dispensadores com preparações alcoólicas para as mãos (sob as formas gel ou solução);

- Manter os ambientes ventilados;

- Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies das salas de aula e demais espaços da escola (classes, cadeiras, mesas, entre outros).

- Aparelhos e equipamentos de educação física também devem ser higienizados após o uso.

Orientações para o transporte dos alunos

- Exigir da empresa de transporte o cuidado com a ventilação do veículo, com a finalidade de aumentar a troca de ar durante o deslocamento;

- As superfícies internas do veículo devem ser limpas e desinfetadas após a realização do transporte de estudantes, principalmente se houver casos suspeitos. A desinfecção pode ser feita com álcool a 70%.

Fonte: Redação Terra
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