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É possível ser decapitado sem perder a cabeça?

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Etimologicamente, ser decapitado é perder a cabeça. No entanto, o site americano AZ Family e o portal do jornal britânico Daily Mail usaram a expressão "decapitação interna" para se referir à lesão sofrida por Rachel Bailey, 23 anos. A jovem sobreviveu ao caso raro - e geralmente fatal - de disjunção ou dissociação occipitocervical, quando os ossos e ligamentos que unem o crânio e a coluna se separam. Segundo Alvaro Ernani Georg, neurologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, esses casos são muito graves, e é comum que os pacientes morram no local do acidente, provavelmente por não conseguirem respirar por causa de alguma lesão na medula.

Rachel Bailey teve o crânio separado da coluna após sofrer um acidente de carro
Rachel Bailey teve o crânio separado da coluna após sofrer um acidente de carro
Foto: Reprodução

Rachel sofreu um acidente de carro em setembro de 2011, e não apenas escapou da morte, mas também de ficar paraplégica. Após tratamento, ela reaprendeu a andar e a falar. O neurologista aponta que situações de recuperação como esta são raras. "Os pacientes que chegam ao hospital em condições muito graves não resistem, e os que sobrevivem, costumam apresentar sequelas, pois existe uma lesão da medula cervical alta. O paciente sobreviver a isso sem sequelas é muito raro", explica.

O ciclista britânico Carpenter Aaron Denham, 22 anos, também sofreu esse tipo de lesão ao ser jogado para fora da bicicleta. Depois de um longo tratamento, ele voltou a andar e falar. "Hoje em dia, cada vez mais os socorros conseguem dar suporte a pacientes no local do acidente, então provavelmente os casos de sobreviventes vão aumentar em hospitais", opina Georg. O médico aponta que a dissociação occipitocervical costuma acontecer em situações de alto impacto, como quedas de grandes alturas e acidentes de trânsito.

Fonte: Terra
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