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Prejuízo com ocupação da reitoria foi de R$ 2,4 milhões, diz USP

O prédio ficou ocupado durante 42 dias por estudantes que cobram eleições diretas para reitor. Paredes foram pichadas e móveis danificados

19 nov 2013 - 17h46
(atualizado às 17h46)
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<p>Sala foi mais um dos locais pichados pelos estudantes grevistas</p>
Sala foi mais um dos locais pichados pelos estudantes grevistas
Foto: Bruno Santos / Terra

A Universidade de São Paulo (USP) informou nesta terça-feira que a ocupação da reitoria da instituição por estudantes, que durou 42 dias, resultou num prejuízo de R$ 2,4 milhões. Fazem parte do levantamento, furto e danos a câmeras de monitoramento, equipamentos de informática, de telefonia, móveis e materiais de escritório.

Em nota, a instituição reforçou a declaração dada pelo reitor João Grandino Rodas, na semana passada, de que a USP arcará com os prejuízos num primeiro momento, mas que vai cobrar judicialmente que os responsáveis paguem pelos estragos.

Logo após a desocupação do local pela Tropa de Choque da Polícia Militar, no dia 12 de novembro, a universidade divulgou fotos que mostram os estragos no prédio da reitoria, como paredes pichadas e móveis danificados. "A grande maioria da comunidade universitária e da sociedade civil se cansou desse método violento e ilegal utilizado por certas minorias. Trata-se de uma barbárie diante dos paulistas que mantém a USP", informou a universidade naquela ocasião.

A operação para devolver a posse da reitoria à USP teve início por volta das 5h30 do dia 12. Cerca de 50 policiais da Tropa de Choque participaram da operação, que durou aproximadamente 40 minutos. Ao perceberem a chegada da PM, estudantes no campus da Cidade Universitária alertaram colegas que ocupavam o prédio com o uso de fogos de artifício.

Ocupação da reitoria da USP

ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo foi feita no dia 1º de outubro como forma de protesto pelo modelo de escolha do reitor e vice-reitor da universidade. Um dos pontos mais criticados por alunos e funcionários é a lista tríplice, sistema pelo qual os nomes dos três candidatos mais votados são enviados ao governador do Estado, que decide quem será o reitor. Os alunos também cobram paridade entre eleitores na escolha do reitor. Atualmente, o pleito ocorre por meio de colégios eleitorais – representados majoritariamente por professores titulares.

Os estudantes criticam ainda a presença da Polícia Militar dentro do campus da universidade e exigem que a segurança dos alunos seja feita por uma guarda comunitária. Eles também decretaram greve, em decisão que contou com o apoio de funcionários da universidade por meio do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).

Após a USP entrar com um pedido de reintegração de posse do prédio, a Justiça determinou a realização de uma audiência de conciliação entre alunos, funcionários, professores e representantes da universidade. Como não houve acordo, foi estabelecido em 15 de outubro um prazo de 60 dias para que a reitoria e os manifestantes estabelecessem diálogo. A USP solicitou a antecipação desse prazo, e no dia 4 de novembro o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu pela reintegração de posse imediata da reitoria. Em assembleia, os alunos decidiram permanecer no prédio. A Tropa de Choque da Polícia Militar cumpriu na madrugada de 12 de novembro a reintegração de posse da reitoria.

Fonte: Terra
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