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Assembleia de alunos da USP decide manter ocupação da reitoria

Após horas de discussão, maior parte dos alunos decidiu manter ocupação; PM pode ser acionada para cumprir reintegração a qualquer momento

7 nov 2013 - 01h40
(atualizado às 07h54)
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Após assembleia realizada na noite de quarta-feira, alunos da Universidade de São Paulo (USP) decidiram pelo prosseguimento da ocupação da reitoria, apesar de a Justiça ter determinado a desocupação do prédio. Os estudantes, que pedem eleições diretas para reitor, ocupam o prédio há mais de um mês e estão negociando com uma comissão formada por cinco professores da universidade. Ao todo, 747 se manifestaram favoráveis à continuação do movimento, enquanto 562 votaram pela saída dos alunos da reitoria. Com a decisão, a Policia Militar poderá intervir a qualquer momento.

O DCE (Diretório Central dos Estudantes) indicou posição favorável ao fim da greve e da ocupação – decisão compartilhada pelo comando da greve –, mas a maioria dos estudantes decidiu manter a invasão da reitoria e a greve parcial na universidade. Eles garantem que mantêm as negociações com a administração, mas uma ação da polícia interromperia o processo de retomada das atividades. Pelo menos 500 alunos participam da ocupação desde 1º de outubro, segundo integrantes do DCE.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou no início da semana a reintegração de posse do local do campus da Cidade Universitária, no bairro do Butantã, na zona oeste de São Paulo. Com isso, a reitoria da USP pode acionar a polícia para que a qualquer momento a reintegração de posse seja concluída.

Ocupação na reitoria

A ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo foi feita no dia 1º de outubro como forma de protesto pelo modelo de escolha do reitor da universidade. Um dos pontos mais criticados por alunos e funcionários é a lista tríplice, sistema pelo qual os nomes dos três candidatos mais votados são enviados ao governador do Estado, que decide quem será o reitor. Os alunos também cobram paridade entre eleitores na escolha do reitor. Atualmente, o pleito ocorre por meio de colégios eleitorais - representados majoritariamente por professores titulares.

Eles ainda criticam a presença da Polícia Militar dentro do campus da universidade e exigem que a segurança dos alunos seja feita por uma guarda comunitária.

Após a USP entrar com um pedido de reintegração de posse do prédio, a Justiça determinou a realização de uma audiência de conciliação entre alunos, funcionários, professores e representantes da universidade na semana passada. Como não houve acordo, foi estabelecido um prazo de 60 dias para que a reitoria e os manifestantes estabeleçam o diálogo.

Estudantes da USP fazem greve geral e ocupam reitoria

Fonte: Terra
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