PUBLICIDADE

Mamutes desapareceram por queda de meteoritos, diz estudo

5 jan 2009 - 19h03
(atualizado às 19h44)
Compartilhar

Solos ricos em restos de diamantes de origem cósmica, com mais de 12,9 mil anos, descobertos na América do Norte, confirmam a teoria de que a queda dos meteoritos provocou uma era glacial que extinguiu os mamutes, de acordo com estudo publicado na revista Science.

» Achados ossos de mamute da era glacial

» Decodificado genoma do mamute
» Mamute da Rússia tinha 'dupla cidadania'

"Essas descobertas são um índice sólido do impacto de meteoritos há 12,9 anos, com enormes conseqüências ecológicas nas plantas, nos animais e nos humanos, no conjunto do território norte-americano", explica Douglas Kenneth, arqueólogo da Universidade de Oregon (noroeste), um dos co-autores do estudo publicado na última edição da revista Science.

Em outubro de 2007, uma equipe de 26 pesquisadores de 16 instituições apresentou a teoria da queda de vários cometas para explicar um período glacial de 1,3 mil anos, que causou, aparentemente, a extinção de várias espécies animais, incluindo os mamutes, assim como a fragmentação da cultura pré-histórica chamada Clóvis, uma das mais antigas da América.

Esse estudo foi publicado nos Anais da Academia Nacional Americana das Ciências (PNAS, sigla em inglês).

Os membros da cultura Clóvis, de 13,2 mil anos e que viviam da caça e da pesca, espalharam-se por amplos territórios que atualmente compreendem Estados Unidos, México e América Central. Vindos da Ásia, os cientistas supõem que tenham chegado à América do Norte atravessando uma faixa de terra que então unia Sibéria e Alasca.

Uma das camadas de sedimentos ricas em nanodiamantes de origem cósmica recobria vestígios dessa cultura na zona de Murray Springs, no Arizona (sudoeste dos EUA).

Esses nanodiamantes se formam a temperaturas muito altas e sob fortes pressões criadas por um impacto cósmico. São encontrados em meteoritos, mas podem ser produzidos na Terra, desde que devido a uma forte explosão, ou por vaporização química.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade