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Política

RS: logo do governo contraria manual antissexista do Estado

Segundo o governo, o logo foi elaborado de graça, tem gráficos simples e com limpeza visual

6 mar 2015 - 17h13
(atualizado às 18h42)
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Novo logo do Estado do Rio Grande do sul
Novo logo do Estado do Rio Grande do sul
Foto: Divulgação

O governo do Rio Grande do Sul apresentou nesta sexta-feira (06) o novo slogan da atual administração, iniciada em 1º de janeiro deste ano. Como o Executivo divulgou a nova marca traz o conceito “Todos pelo Rio Grande”. Entretanto, no ano passado o governo anterior lançou por meio da extinta Secretaria de Políticas para as Mulheres o “Manual para o uso não Sexista da Linguagem”, que propôs mudanças como o uso apenas de termos no masculino quando se referem a ambos os gêneros.

 “Temos que evitar o silêncio que é a invisibilidade e deixar de usar supostos genéricos que são masculinos”, diz um trecho do manual, citando como exemplo a frase “12% na Saúde: uma conquista de todos os gaúchos”. “Trata-se, sobretudo, de não reproduzir o que não é correto, o que é falso, o que discrimina, desvaloriza ou não reconhece a realidade, seja mediante provérbios, ditados, estereótipos sexistas, frases feitas ou palavras que consolidam uma constituição social negativa para as mulheres”, diz o manual.

No material divulgado sobre a nova marca do governo gaúcho, é justificado que a frase e o desenho reproduzem valores e diretrizes presentes desde o discurso de posse do governador José Ivo Sartori (PMDB), como “união, solidariedade e espírito comunitário”.

Sob protestos, Sartori toma posse no Rio Grande do Sul:

Ainda de acordo com o governo gaúcho, a nova marca foi criada por dois publicitário, Newton Bento e Renato Konrath, sem custos para o Estado, uma vez que Sartori não poupa declarações de que a situação econômica é crítica, inclusive com temores de atraso salarial.

Nessa discussão sobre os direitos de gênero, José Ivo Sartori já enfrentou protestos antes mesmo de ocupar o cargo. Isso porque durante a transição do governo a Secretaria de Políticas para as Mulheres foi incorporada à pasta de Direitos Humanos, o que causou revolta entre ativistas.

No dia em que foi empossado o novo governador enfrentou no caminho da Assembleia Legislativa e o Palácio Piratini um pequeno mas barulhento protesto pelo fim da secretaria. 

Nos próximos dias começa o trabalho gradual de adaptação do material de divulgação do governo.

O governo informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Fonte: Terra
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