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Polícia

SP: após protesto, 15 manifestantes são liberados e 5 continuam presos

31 jul 2013 - 07h32
(atualizado às 07h47)
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Com pedras, manifestantes quebram carros em protesto em São Paulo
Com pedras, manifestantes quebram carros em protesto em São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra

Cinco dos 20 manifestantes detidos na noite desta terça-feira em um protesto contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), continuam presos. Segundo informações da Polícia Civil, entre os manifestantes que estavam no 14º DP, quatro homens foram transferidos para o 91º DP, no Ceagesp, e uma mulher foi encaminhada para o 89º DP, no Portal do Morumbi. Os detidos foram autuados por formação de quadrilha, dano ao patrimônio público e resistência à prisão.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas participaram do ato, que começou de forma pacífica no Largo do Batata, na zona oeste da capital paulista, e terminou em confronto com a PM, na região da avenida Paulista.

Parte dos manifestantes lembrava as denúncias de corrupção envolvendo as obras do Metrô de São Paulo que vem sendo veiculadas pela revista IstoÉ. “Estou aqui contra o governo do PSDB e a corrupção que ele representa em relação a uma das prioridades da população, que é o transporte público”, disse o professor do ensino fundamental Cícero Barbosa. Ele reclamou ainda dos baixos investimentos estaduais em saúde e educação.

A estudante de comércio exterior Fernanda Avelino disse que participava do ato para protestar contra a desigualdade social. “É muita desigualdade para o tamanho da arrecadação (de tributos pelo governo)”, disse ao reclamar da má distribuição de renda e da falta de infraestrutura. Para ela, os avanços indicados pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado ontem, não refletem a realidade do País. “Isso prova que as estatísticas não são nada ou é preciso algo muito além disso”.

Além de pedirem a saída de Alckmin, os manifestantes gritavam pedindo o fim da Polícia Militar e respostas para o caso do pedreiro Amarildo de Souza, que desapareceu após ser levado para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde vivia.

Confronto

Em passeata, o grupo se dirigiu para a avenida Rebouças. No local, parte dos manifestantes quebraram vidraças de agências bancárias e outros estabelecimentos comerciais.

Um alambrado de um ponto de ônibus também foi destruído. Foram usadas marretas e pedras nos ataques. Muros e prédios foram pichados por alguns manifestantes. Carros que estavam na rua também foram alvo de atos de vandalismo.

Durante o protesto, policiais detiveram manifestantes. Várias pessoas foram revistadas e tiveram os objetos avaliados pelos policiais. Ao longo do protesto, ônibus chegaram a ser pichados. Em conflito com policiais militares, parte dos participantes do ato jogaram pedras contra a PM.  A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral. Após a ação da PM, a manifestação se dispersou. 

Em nota divulgada nesta terça-feira, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que a PM iria acompanhar o protesto, e citou que a manifestação “está sendo feita pelo mesmo grupo que promoveu atos de vandalismo na última sexta-feira (26) na avenida Paulista”.

De acordo com a nota, a presença da PM no protesto serve para “dar segurança aos cidadãos pacíficos”. Ainda no comunicado, a polícia afirmou que agiria “com a energia necessária para evitar atos criminosos”. 

Por conta do protesto, a avenida Rebouças ficou totalmente interditada, nos dois sentidos, a partir da rua Pedroso de Morais. Sacos de lixo foram lançados na via, para obstruir o tráfego. Às 19h20, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomendou que os motoristas evitassem a região. 

Fonte: Terra
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