Tite compara tragédia no RS a brigas de torcida e presta solidariedade
O técnico do Corinthians, Tite, se mostrou solidário à tragédia na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), na qual mais de 230 jovens morreram vítimas de um incêndio na madrugada de sábado para domingo.
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Nesta quarta-feira, após a vitória por 2 a 1 do Corinthians sobre o Mogi Mirim, em jogo no Estádio do Pacaembu pela quarta rodada do Campeonato Paulista, o treinador lembrou o fato no Sul e as vítimas. Em sua entrevista, ele fez um paralelo entre o incêndio no Rio Grande do Sul e às brigas de torcidas de futebol, que igualmente costumam vitimar jovens. Segundo o treinador, é preciso tomar providências antes que tais tragédias se repitam.
“Existem muitos problemas que a gente deixa passar, aí estoura outro problema. Não estou falando do esporte, estou falando do futebol - enfrentamento de torcida, marcação de brigas. Daqui a pouco, acontece o problema. Serve para nós também como lição. Temos uma responsabilidade muito grande. Daqui a pouco, enfrentamentos de torcidas podem ser outra tragédia. Não quero ficar lamentando”, exemplificou.
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Ainda comparando os mortos de Santa Maria e os que se envolveram em brigas de torcidas, o treinador mostrou solidariedade com os pais dos protagonistas. “Se tivesse sido alguém da minha família, eu ia ficar muito indignado”, desabafou.
Incêndio na Boate Kiss
Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.
Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.
A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.
