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Tragédia em Santa Maria

RS: prima de delegado que investiga boate morreu no incêndio

29 jan 2013 - 20h03
(atualizado às 20h12)
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O delegado Marcelo Arigony, que coordena as investigações sobre o incêndio em Santa Maria que matou mais de 230 pessoas no último domingo, se emocionou nesta terça-feira ao confidenciar a jornalistas que perdeu um familiar na tragédia da Boate Kiss. O delegado ainda relatou o drama vivido por um colega que desmaiou ao inalar a fumaça densa proveniente do incêndio.

Mãe se emociona ao falar de jovem que salvou o filho:

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"Eu perdi uma prima. Teve um colega nosso, que estava na casa noturna. Ele tentou sair e desmaiou próximo da porta. A sorte dele foi que puxaram ele pra fora, e ele acordou em meio aos corpos", afirmou Arigony, que concedia entrevista coletiva até ser interrompido por um grupo de manifestantes que gritou em frente à delegacia regional: "prefeitura omissa, queremos a justiça".

Em meio ao protesto, Arigony desceu da delegacia e, emocionado, assistiu à manifestação e aplaudiu o grupo, que defendeu a construção de um memorial em homenagem às vítimas e pediu a responsabilização dos culpados.

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Após a manifestação em frente à delegacia, o grupo se deslocou até a prefeitura de Santa Maria, onde dirigiram críticas ao prefeito Cezar Schirmer (PMDB). Mais cedo, a prefeitura havia divulgado que o alvará de localização da boate estava em dia e só precisaria ser renovado em 2013, transferido para os bombeiros a responsabilidade do alvará de prevenção contra incêndios, vencido em agosto de 2012. "A prefeitura não é responsável. A prefeitura estava com toda a documentação regular e a fiscalização que lhe compete estava em dia", disse o secretário de governo, Giovani Manica.

Incêndio na Boate Kiss

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.

Fonte: Terra
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