PUBLICIDADE

Tragédia em Santa Maria

CPI da Boate Kiss começa a ouvir depoimentos na Câmara de Santa Maria

8 abr 2013 - 09h29
Compartilhar
Exibir comentários

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o incêndio na Boate Kiss, da Câmara de Vereadores de Santa Maria (RS), começa a ouvir nesta segunda-feira os depoimentos de convidados e convocados a prestar esclarecimentos sobre as causas da tragédia. Durante o dia de hoje, até sete pessoas podem ser ouvidas, mas apenas três delas foram convocadas - as outras quatro são apenas convidadas, o que não torna obrigatória a presença. Integram a CPI os vereadores Maria de Lourdes Castro (PMDB), presidente, Tavores Fernandes (DEM), vice-presidente, e Sandra Rebelato (PP), relatora.

A tragédia da Boate Kiss em números
Veja como a inalação de fumaça pode levar à morte 
Veja relatos de sobreviventes e familiares após incêndio no RS
Veja a lista com os nomes das vítimas do incêndio da Boate Kiss

Nesta manhã, estão marcados os depoimentos de quatro bombeiros, todos chamados a convite para falar à CPI: major Gerson Rosa Pereira, sargento Renan Severo Berleze e os soldados Gilson Martins Dias e Vagner Guimarães Coelho. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores, a expectativa é que apenas o major Pereira vá depor.

Durante a tarde de hoje, três pessoas que foram convocadas pela CPI devem prestar depoimento: Luiz Alberto Carvalho Junior, secretário de Proteção Ambiental; Marcus Vinicius Bittencourt Biermann, funcionário da Secretaria de Finanças; e Luiz Fernando Pacheco, presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria (Cacism).

Incêndio na Boate Kiss

Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou 241 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.

Com apenas uma porta de entrada e saída disponível, os jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados. A maioria dos mortos foi asfixiada pela fumaça tóxica, contendo cianeto, liberada pela queima da espuma.

<a data-cke-saved-href=" http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tragedia-santamaria/iframe.htm " href=" http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tragedia-santamaria/iframe.htm ">veja o infográfico</a>

Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas. 

<a data-cke-saved-href=" http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/santa-maria-homenagem/iframe.htm" href=" http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/santa-maria-homenagem/iframe.htm">veja o infográfico</a>

Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investiga documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.

No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associação dos Pais e Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss em Santa Maria. A intenção é oferecer amparo psicológico a todas as famílias, lutar por ações de fiscalização e mudança de leis, acompanhar o inquérito policial e não deixar a tragédia cair no esquecimento.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade